Na última quarta-feira (26), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá anunciar o novo valor da taxa básica de juros (Selic), que caiu 1 ponto percentual, passando de 10,25% para 9,25% ao ano. A notícia reflete em muitos aspectos, mas o que de fato isso muda na vida dos brasileiros?
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Esta mudança faz com que a taxa continue interessante para quem investe o seu dinheiro em aplicações de renda fixa atreladas a Selic , como CDBs pós-fixados, os fundos DI, as Letras Financeiras do Tesouro e os títulos negociados via Tesouro Direto. Para quem aplica na Caderneta da Poupança, no entanto, não haverá mudanças em seus rendimentos, pois, se a taxa básica de juros for maior ou igual a 8,50% ao ano, a poupança paga sempre 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR).
No caso dos que se encontram endividados ou precisam pegar empréstimos ou fazer parcelamentos, visto que a taxa influencia diretamente nessas situações, a queda da taxa básica de juros é sempre boa, mas é preciso ter cautela, pois o cenário ainda não é dos melhores.
Para quem já está pagando juros, é fundamental saber o valor exato, pois o maior erro das pessoas é de não ter ciência dos valores que desembolsam e, por isso, as dívidas acabam virando bola de neve.
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Para resolver o problema de vez, no entanto, o foco deve ser a causa dele e não a consequência, ou seja, é preciso educar-se financeiramente. O primeiro passo é fazer um diagnóstico da vida financeira, para saber os ganhos e gastos mensais e identificar possíveis excessos, que estejam prejudicando o orçamento.
Estas questões passam por uma mudança de hábitos e comportamento com relação ao uso e à administração do dinheiro, por isso, é preciso que se comece agora mesmo. Um dos aspectos fundamentais desse processo é aprender a poupar, pois, assim, evita-se o fato de não ter dinheiro suficiente para pagar algo, tendo que pagar juros e correndo o risco de se tornar um inadimplente.
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A redução da Selic pode ser uma boa novidade, dependendo da situação de cada um, mas, ainda assim, demanda cuidado e conhecimento. A recomendação no momento é pensar duas vezes antes de comprar, parcelar com juros ou adquirir empréstimos. Ao invés disso, eduque-se financeiramente, poupe e invista o seu dinheiro, dessa forma, os jurostrabalharão a seu favor e não contra.
*Por Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira, Abefin e Editora DSOP