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Na análise por setor crédito, a inadimplência de empresas vinculadas ao comércio foi a que mais cresceu, com 6,66%.
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Na análise por setor crédito, a inadimplência de empresas vinculadas ao comércio foi a que mais cresceu, com 6,66%.

O indicador de inadimplência de pessoa jurídica calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostrou que em junho deste ano, houve um crescimento de 4,05% no número de empresas negativadas frente ao mesmo período de 2016. O resultado foi considerado o segundo menor crescimento desde janeiro de 2011, início da série histórica. Na comparação entre junho e maio, sem ajuste sazonal , a variação foi de 0,42%, após um pequeno recuo de 0,16% no mês anterior.

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“A inadimplência entre empresas cresceu de modo acentuado no auge da crise econômica e, ainda continua crescendo, porém a taxas menores. A reversão desse quadro passa pela recuperação da economia e consequentemente do aumento do consumo, que continua em queda” explicou o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Nas regiões avaliadas pelo indicador, o Norte foi a com maior variação no número de empresas com o CNPJ presente nas listas de negativados, com um avanço de 5,41%.  O Nordeste apareceu na sequência, com alta de 4,44% e o Sudeste, com 4,11%. Nas regiões Centro-Oeste e Sul as variações foram menores, com 3,83% e 2,10%, respectivamente.

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Dívidas em atraso

Em junho, houve ainda o aumento na quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas, com acréscimo de 1,78% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Já na passagem de maio para junho, sem ajuste sazonal, a alta no volume de dívidas foi de 0,36%.

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O número de empresas devedoras por ramo da economia evidenciou no setor de agricultura, com o maior crescimento de empresas com CNPJs negativados em junho frente ao mesmo mês do ano passado, com 14,25%. Em seguida, ficaram os segmentos de serviço, com variação de 6,73%, indústria, com 3,19% e comércio, com 2,84%.

Na análise por setor de crédito , ou seja, para quem as empresas estão devendo, a inadimplência de entidades vinculadas ao comércio  foi a que mais cresceu, com 6,66%. Destacaram-se ainda o aumento nas dívidas ligadas à Indústria, com 6,59% e serviços, com 0,31%, englobando bancos e financeiras. Em contrapartida, as pendências do setor de agricultura apresentaram queda de 22,01% no período.

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