Privatização da Cedae foi aprovada em fevereiro deste ano pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
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Privatização da Cedae foi aprovada em fevereiro deste ano pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Duas alternativas estão em discussão no processo de privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Estado do Rio de Janeiro (Cedae), segundo o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Moreira Franco: a empresa ser comprada diretamente pelo banco de fomento ou o BNDES liderar um grupo de bancos privados para a oferta de crédito de R$ 3,5 bilhões ao governo do estado do Rio, tendo como garantia ações da companhia. As infomações foram concedidas nesta segunda-feira (28).

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Caso seja escolhida a oferta de crédito, ela pode ser feita por processo licitatório, com crédito garantido pelo Tesouro Nacional e contragarantia de ações da Cedae . A privatização da companhia foi aprovada em fevereiro deste ano pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). 

De acordo com Marilene Ramos, diretora de infraestrutura do BNDES, o banco não pode emprestar recursos para a quitação da folha de pagamento dos servidores do Estado, que soma dívidas de R$ 2,3 bilhões, por ser uma instituição pública. A parte emprestada pelo banco seria limitada a despesas de custeio, e os recursos para a folha de pagamento viriam de bancos privados.

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Nesta manhã, o ministro e a diretora se reuniram com o presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e seu vice, Francisco Dornelles, além do secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa. "Na próxima sexta-feira, vamos nos reunir aqui, outra vez, para definir uma estratégia que esteja contemplada entre uma dessas alternativas e, eventualmente, outras possibilidades. Mas, basicamente, creio eu que as alternativas se localizam entre essas duas, que são tecnicamente sustentáveis", disse Moreira Franco.

A previsão é de que, na tarde desta terça-feira (25), seja realizada audiência pública na Secretaria de Estado de Fazenda para discutir a operação de crédito de R$ 3,5 bilhões para o estado. O secretário de Fazenda afirmou que "mais de uma dezena" de bancos já demonstraram interesse em participar da operação.

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"Não posso dizer os bancos , mas já me reuni com mais de uma dezena deles e todos estavam interessados. O empréstimo tem a garantia do Tesouro Nacional e a contragarantia da Cedae. Em termos de avaliação de crédito, é um crédito bastante adequado às instituições financeiras", finalizou Barbosa, pontuando que o empréstimo é apenas uma das ações do Plano de Recuperação Fiscal do Rio de Janeiro.

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