O grupo J&F vendeu sua participação de 54,24% na Alpargatas à Itaúsa, Cambuhy Investimentos e a Brasil Warrant (BW) pelo montante de R$ 3,5 milhões. A partir de agora as marcas Havaianas e Osklen, além da licença exclusiva da marca Mizuno, deixam de fazer parte do conglomerado dos irmãos Batista.

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JBS consegue autorização para vender frigoríficos para o Grupo Minerva; J&F anuncia venda de sua participação na Alpargatas
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JBS consegue autorização para vender frigoríficos para o Grupo Minerva; J&F anuncia venda de sua participação na Alpargatas


A venda de participação ainda terá de ser verificada e autorizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) antes de ser efetivada. O J&F é a holding que administra os bens dos irmãos Joesley e Wesley Batista , mundialmente conhecidos por denunciarem casos de corrupção envolvendo o presidente da República, Michel Temer e do senador Aécio Neves.

Em comunicado ao mercado, a Itaúsa informou que o valor do investimento a ser desembolsado nesta transação “será de R$ 1.750 milhões (R$ 14,25 por ação ordinária e R$ 11,40 por ação preferencial), por 50% dessas participações, que corresponde a 27,12% do capital total da Alpargatas, por meio de dívida a ser contratada”.

A gestão da Alpargatas será compartilhada entre a BW e a Cambuhy. “Esse acordo conterá, entre outras disposições, indicação majoritária e paritária de membros no Conselho de Administração da Alpargatas ”, informou o comunicado.

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Crise

A primeira crise de imagem vivida pela holding J&F foi a deflagração da operação da Polícia Federal chamada Carne Fraca. Marcas da JBS, que é administrada pela J&F e de propriedade dos irmãos Joesley e Wesley Batista, foram acusadas de vender produtos impróprios ao consumo.

Pouco tempo após a exposição negativa, os irmãos Batista se envolveram em um dos maiores escândalos de corrupção deflagrado este ano envolvendo o presidente da República, Michel Temer, e vários outros políticos brasileiros.

Para manter a saúde financeira do conglomerado, a J&F passou a vender ativos que as empresas têm no exterior e no Brasil, sendo o primeiro a venda de frigoríficos que tinha na Argentina, Paraguai e Uruguai ao Grupo Minerva, por US$ 300 milhões.   A transação tinha sido embargada pela Justiça Federal de Brasília e na quinta-feira (12) a empresa conseguiu reverter à decisão.

Na segunda-feira (10) a empresa conseguiu a autorização do Cade para a conclusão das negociações, conforme informou o comunicado enviado ao mercado pela JBS, administrada pela J&F nesta quinta-feira (13). “Adicionalmente, a Companhia informa que em 06/07/2017, o Conselho Administrativo de Defesa Econômico ( Cade ) emitiu sua aprovação sem restrições em relação à alienação das operações supracitadas, sendo que ainda está em curso o prazo para que a decisão se torne definitiva”.

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