A JBS comunicou nesta quarta-feira (14), em nota enviada à imprensa, a nomeação de Gilberto Xandó, diretor-presidente da Vigor, empresa do setor de lácteos da holding J&F, para o seu Conselho de Administração. Ele substituirá Joesley Batista, que renunciou à posição de membro do grupo em 26 de maio, uma semana depois da divulgação da delação premiada que incluiu a gravação de uma conversa com o presidente Michel Temer.

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Xandó assumiu o cargo na Vigor em 2011, após ter sido executivo sênior da Natura Brasil e da Sadia. Formado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV), tem especialização em varejo e gestão de negócios. Para o presidente do conselho da JBS , Tarek Farahat, a reputação e a experiência de Xandó na indústria de alimentos, bem como em comércio e finanças, "serão inestimáveis para nós, enquanto trabalhamos para reconstruir a confiança em nossos negócios".

Joesley Batista deixou sua posição no conselho da JBS após delação premiada ser divulgada pelo Supremo Tribunal Federal
Reprodução/Facebook
Joesley Batista deixou sua posição no conselho da JBS após delação premiada ser divulgada pelo Supremo Tribunal Federal

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Um dos controladores da empresa, Joesley Batista retornou ao Brasil no último domingo (11) para prestar novo depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) no Distrito Federal, dentro do inquérito que apura o recebimento de recursos ilegais pelo PT no exterior por meio do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Os repasses foram relatados em depoimentos anteriores de Joesley feitos ao Ministério Público Federal (MPF) e do executivo Ricardo Saud, diretor do frigorífico. De acordo com informações repassadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), os delatores informaram que o ex-presidente Lula recebeu repasse de US$ 50 milhões. A ex-presidente Dilma teria recebido US$ 30 milhões. 

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A íntegra da delação premiada de Joesley e seu irmão Wesley Batista, donos do grupo JBS, se tornou pública no dia 19 de maio passado, após o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, homologar os depoimentos realizados à Procuradoria-Geral da República. Pelo acordo de leniência fechado entre a PGR e os negociadores da J&F, a empresa terá que pagar multa no valor de R$ 10,3 bilhões, no prazo de 25 anos.

* Com informações da Agência Brasil.

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