O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, deverá se reunir na próxima segunda-feira (17) com o secretário de Agricultura do governo norte-americano, Sonny Perdue, em Washington, nos Estados Unidos, para discutir a retomada de exportações da carne brasileira. A viagem foi confirmada pelo secretário-executivo da pasta, Eumar Novacki, que participa da reunião do Codex Alimentarius, grupo vinculado à Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

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A visita ocorre após a decisão dos EUA, divulgada no final do mês de junho, de suspender as importações de carne fresca do Brasil por conta das preocupações recorrentes sobre a segurança dos produtos. Na ocasião, Maggi manifestou sua intenção de ir pessoalmente ao país após a determinação. Em coletiva de imprensa realizada no mês passado, Novacki disse que o ministro viajaria somente se fosse confirmada a reunião com Perdue.

Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, quer discutir questões sobre a qualidade da carne brasileira
Carlos Silva/Mapa - 20.3.17
Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, quer discutir questões sobre a qualidade da carne brasileira

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O Ministério da Agricultura ainda não divulgou a previsão da agenda que será cumprida durante a viagem. Segundo o governo, foram 17 anos de negociações para o Brasil conseguir exportar para os EUA. No total, 15 frigoríficos exportavam carne  in natura  para o país e acumulavam entre janeiro e maio, US$ 49 milhões com esse comércio.

Para a pasta, os problemas comunicados pelo governo norte-americano são decorrentes da vacinação contra a febre aftosa, que poderia causar inflamações na carne, que fica com a aparência comprometida, mas, segundo o ministério, o produto não oferece nenhum risco à saúde. O Brasil exporta toda a parte dianteira do boi, local onde o gado recebe a vacine contra a febre aftosa. Mesmo sem estar aparente, alguma inflamação pode ser detectada quando a peça é cortada.

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Soluções

Para solucionar a questão, o ministério determinou que frigoríficos brasileiros passassem a exportar para os Estados Unidos carnes in natura de cortes dianteiros apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras, o que permitiria a retirada dessas partes.

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Seis entidades do agronegócio propuseram outra solução: pediram ao governo federal, nesta semana, uma mudança na composição da vacina contra febre aftosa aplicada em todo rebanho bovino. A mudança seria necessária para evitar esses abscessos. O ministério já havia anunciado que investigaria os lotes de vacinas contra febre aftosa aplicadas nos animais.

* Com informações da Agência Brasil.

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