Pelo segundo mês consecutivo, os brasileiros mais depositaram do que sacaram na poupança. Em junho, a captação líquida – ou seja, os depósitos menos as retiradas – somou R$ 6,1 bilhões, informou nesta quinta-feira (6) o Banco Central (BC). Este valor é quase 20 vezes maior que a captação líquida registrada em maio, que havia sido de R$ 292,6 milhões, e o melhor para meses de junho desde 2013, quando os depósitos tinham superado as retiradas em R$ 9,4 bilhões.
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Mesmo com o desempenho positivo nos dois últimos meses, as retiradas continuam maiores que os depósitos no acumulado do ano. Nos seis primeiros meses do ano, a caderneta de poupança registrou saques líquidos de R$ 12,3 bilhões. Mesmo assim, esse foi o melhor primeiro semestre da caderneta desde 2014, quando a aplicação tinha registrado captações líquidas de R$ 9,6 bilhões.
Até o ano de 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam. As captações líquidas naquele ano chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrirem dívidas, num cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.
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Em 2015, R$ 53,5 bilhões foram sacados, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões.
Apesar da queda de juros, a poupança voltou a atrair recursos. Isso porque o investimento voltou a garantir rendimentos acima da inflação, que está em queda. Nos 12 meses terminados em junho, o rendimento foi de 7,98%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)-15, que funciona como uma prévia da inflação oficial, acumula 3,52% no mesmo período, no menor nível em 10 anos. Nesta sexta-feira (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o IPCA de junho.
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Cesta básica
Além dos números relativos à poupança, também foi divulgado os preço médio da cesta básica no Brasil, que registrou queda em 23 estados e elevação nos outros quatro. As capitais que tiveram maior redução foram Rio de Janeiro (5,02%), Brasília (4,18%), Vitória (4,14%) e Belo Horizonte (4,03%).