A demanda das micro e pequenas empresas (MPEs) por empréstimos atingiu 13,1 pontos em maio. Segundo dados apurados em todo o País pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL), a procura ficou um pouco acima dos 12,4 pontos registrados em abril, mas o pequeno crescimento representa estabilidade para fins estatísticos.
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De acordo com o levantamento, 84% dos MPEs afirmaram não ter a intenção de tomar crédito , ante 6% que manifestaram ter essa intenção. Entre os que não querem dinheiro emprestado, 43% dizem conseguir manter o negócio com recursos próprios, além de citarem a insegurança de adquirir empréstimos nas atuais condições econômicas do País (18%) e as altas taxas de juros (18%).
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Quanto mais próximo o índice está dos 100 pontos, maior a probabilidade dos empresários buscarem crédito . Quanto mais próximo do zero, menos propensos eles estão a tomar recursos emprestados.
Dificuldades
Ainda de acordo com a pesquisa, três a cada dez (29%) micro e pequenos empresários consideram complicado o processo para conseguir contratar crédito. Outros 26% dos entrevistados consideram o procedimento simples. Entre os que consideram difícil, o excesso de burocracia e as exigências estabelecidas pelos bancos são vistos como os principais entraves mencionados por 45% desses empresários.
Em seguida, são citadas as taxas de juros elevadas (41%). Para 23% dos entrevistados, a contratação de empréstimo em instituições financeiras é o tipo de crédito mais difícil de ser contratado, enquanto 12% citaram o crédito junto aos fornecedores.
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"É verdade que as condições econômica pesam, mas a sondagem mostra que o principal motivo para não contratar é a consideração de que os empresários conseguem se manter com recursos próprios", analisa o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a respeito da demanda por empréstimos. "O dado sugere uma barreira entre as micro e pequenas empresas, que não veem no crédito um meio para se expandir ou, se veem, têm a percepção de que o processo pode ser demorado, burocrático e custoso".
* Com informações da Agência Brasil.