Lançar novos produtos sempre é uma tarefa complicada para as empresas. Seja pelo fato dos consumidores já estarem acostumados com a versão antiga do item ou, simplesmente, por se tratar de um produto ruim, a rejeição do público pode ser tão grande a ponto de fazer um produto ser retirado das prateleiras meses após o lançamento. Em alguns casos, os projetos nem chegam a ser lançados.
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Da Coca-Cola até a Netflix, conhecida por apresentar uma série inovações para a área do entretenimento, passando por gigantes da tecnologia, como Apple e Samsung, praticamente todas as empresas lançaram, em algum momento de sua história, produtos que deixaram a desejar. Pensando nisso, o site "Business Insider" criou uma lista com alguns dos maiores fracassos lançados por grandes companhias. Confira:
1975 – Sony Betamax
A década de 1970 foi marcada por uma guerra entre dois formatos de vídeo: Betamax e VHS. Em 1975, a Sony cometeu um grande erro e decidiu investir em aparelhos de Betamax enquanto seus concorrentes optaram pelos leitores de VHS. Para piorar, a Sony manteve a exclusividade do Betamax, que apesar de ter qualidade superior, perdeu espaço simplismente pelo fato do VHS ser muito mais comum.
1985 – Nova Coca-Cola
No início dos anos 1980, a Coca-Cola estava perdendo espaço para a Pepsi, que investia pesado em campanhas publicitárias. Como resposta, a Coca-Cola tentou criar um refrigerante que tivesse um sabor mais parecido com a Pepsi. Antes de ser lançado oficialmente, o produto se saiu bem nos testes, mas se tornou um fracasso após chegar às prateleiras. O desempenho fez a Coca-Cola abandonar a nova fórmula semanas depois do lançamento e voltar para sua tradicional fórmula.
1993 – Apple Newton
O Newton é um ótimo exemplo de produto desenvolvido durante uma fase não muito próspera vivida antes da Apple se tornar a empresa mais valiosa do mundo. De acordo com a Forbes, o assistente digital foi um desastre por diversos motivos: era caro – custava US$ 700 –, não era compacto e tinha um péssimo sistema de reconhecimento de escrita à mão.
1995 – Nintendo Virtual Boy
O Virtual Boy foi uma grande aposta da Nintendo, em 1995, em uma tecnologia que estava se tornando mais acessível: a realidade virtual. O único problema do console é que ele não entregava o que prometia. Os jogos contavam com gráficos muitos simples e uma usabilidade voltada para os consoles comuns. No fim das contas, o Virtual Boy sequer chegou à marca de um milhão de unidades vendidas e ficou marcado como o produto de pior desempenho da Nintendo.
1997 – Soda Orbitz
Com visual semelhante ao de uma luminária de lava, a Orbitz tentava atingir o público infantil, ainda que não tivesse fosse uma bebida gostosa. Muitos chegavam a compará-la com xarope. Lançada em 1997, a soda saiu das prateleiras menos de um ano depois de chegar ao mercado. Para quem tem curiosidade, embalagens fechadas da Orbitz desta época ainda são vendidas em sites com o eBay e podem ser compradas por valores acima dos R$ 100.
2006 – Microsoft Zune
O Zune foi desenvolvido para interromper a popularização do iPod, mas não chegou nem perto de alcançar este objetivo. Ao "Business Insider", o ex-gerente de negócios de dispositivos móveis e entretenimento da Microsoft, Robbie Bach, explicou o motivo para o Zune não ter dado certo. "Nós simplesmente não fomos bravos o suficiente e, honestamente, acabamos perseguindo a Apple com um produto que não era de todo ruim, mas ainda era um produto de uma perseguição, e não havia uma razão para alguém dizer: 'uau, preciso sair e comprar esta coisa'".
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2008 – Google Lively
Por alguma razão, o Google achou que seria uma boa ideia competir com o Second Life, um mundo virtual que permite aos jogadores manterem interações sociais. O jogo perdeu boa parte de sua popularidade, mas ainda é mantido por uma base de usuários bastante engajada. Em julho de 2008, o Google lançou o Lively, sua versão do game que não teve o mesmo sucesso e teve uma vida ainda mais curta com a crise econômica vivida naquele ano. O projeto foi descontinuado em novembro de 2008.
2011 – Qwikster
Em setembro de 2011, o cofundador e CEO da Netflix, Reed Hastings, anunciou que a empresa separaria seu serviço de aluguel de DVDs por correspondência, até então bastante popular nos Estados Unidos. O serviço deixaria de ser parte da Netflix e passaria a ser identificado como Qwikster. A mudança causou uma série de críticas à empresa e Hastings foi obrigado a voltar atrás em seu anúncio 23 dias depois.
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Em outubro, a Netflix anunciou que deixou o plano de lado após o retorno dos consumidores. A partir daquele momento, o serviço de entrega de DVDs a domicílio continuaria a operar por meio de um site dentro da marca da Netflix. Segundo a empresa, 800 mil assinantes deixaram sua base no quarto trimestre de 2011. A queda foi explicada, em partes, pela fraca recepção com a novidade.
2013 – Facebook Home
Em 2013, o Facebook lançou o Home como uma tentativa de se tornar a tela inicial do seu smartphone. Em vez de exibir a tela de bloqueio padrão do aparelho, o programa mostrava as principais atualizações da rede social. Inicialmente, a ideia parecia boa, mas, na prática, tornou a tela uma bagunça completa, de acordo com análises da época. A avaliação dos usuários era parecida e o aplicativo tinha menos de três estrelas na Play Store, loja de aplicativos do Google. O resultado fez o Facebook realizar uma grande reorganização em seu quadro de funcionários, deixando de atualizar a plataforma desde dezembro de 2013.
2016 – Galaxy Note 7
O smartphone da Samsung é o item mais novo da lista, mas ainda assim não fica atrás dos outros produtos. O Galaxy Note era um dos principais lançamentos da empresa para o ano, mas tinha um pequeno problema: poderia pegar fogo ou explodir a qualquer momento. O carro de um usuário teria explodido por conta de um aparelho defeituoso. Com o surgimento de casos semelhantes, o Galaxy Note 7 chegou a ser banido de voos e obrigou a Samsung a retirar toda a linha de circulação.
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