Os escândalos envolvendo condutas antiprofissionais de funcionários do escritório que gerencia o aplicativo de motorista particular – Uber – e uma recente tragédia familiar fez com que o CEO da operação, Travis Kalanick, informasse a sua saída, por tempo indeterminado, do comando da empresa. O executivo comunicou os funcionários por e-mail de seu afastamento na tarde desta terça-feira (13).
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Em reunião do conselho de administração ocorrida recentemente, foi acordado que Kalanick teria outras funções na empresa e especulações davam como certa que os conselheiros analisavam o afastamento do CEO. Mesmo com as novas funções o executivo optou pelo seu afastamento, o que pode trazer mais problemas de imagem para o Uber . A empresa vem enfrentando uma série de problemas, sendo que o que mais chamou a atenção foi o escândalo envolvendo denuncias de assédio sexual.
No final do mês de maio, o então CEO da Uber sofreu uma perda irreparável. Sua mãe faleceu após um grave acidente e seu pai ficou ferido após o ocorrido. Em seu e-mail de despedida, o ex-executivo Travis Kalanick afirmou que por oito anos a empresa foi sua vida, porém após enterrar a sua mãe, ele sentiu necessidade de parar para poder viver o luto da perda tão recente.
Kalanick deixou subentendido que sua saída é temporária ao afirmar no e-mail enviado nesta terça-feira (13) aos colaboradores da empresa. “É difícil colocar uma linha do tempo... pode ser mais curto do que imaginamos”. O executivo afirmou ainda seu sofrimento ao perder a mãe tão recente e de forma não trágica. “Perder uma pessoa amada de maneira tão trágica tem sido difícil pra mim e eu preciso me despedir de forma adequada”, disse ele.
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Problemas
No dia 6 deste mês a empresa, que tem sede em San Francisco, nos Estados Unidos, informou o desligamento de 20 profissionais, após consultoria de um grande escritório de advocacia dos Estados Unidos, o Perkins Coie, ter identificado em analise no escritório da empresa casos de assédio sexua l, discriminação, bullying, entre outras ações que estavam prejudicando a imagem da empresa perante os funcionários.
A consultoria identificou durante sua investigação no escritório de São Francisco que das 215 denúncias sobre a empresa, 54 estão relacionadas a casos de discriminação, outras 47 de assédio sexual, 45 de conduta tida como antiprofissional, 33 relacionadas a assédio moral e outras 33 com diferentes alegações de condutas não profissionais.
Situação financeira
A empresa tem enfrentado ainda dificuldades para manter a lucratividade da empresa. No balanço do primeiro trimestre o Uber teve prejuízo de US$ 708 milhões ante US$ 991 milhões nos três primeiros meses do ano passado e mesmo com o lucro no quarto trimestre, a queda no faturamento impactou a empresa.
*Com informações de agência internacional BBC
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