A redução dos preços de combustíveis e o retorno da bandeira verde nos preços da energia elétrica podem contribuir com a redução em 0,3 ponto percentual a inflação medida pelo Ínidice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ). A estimativa é do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, que participou nesta sexta-feira (9) de reunião promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB), em São Paulo.
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Apesar da projeção sobre a inflação , Goldfajn disse que "essas oscilações pontuais não têm implicação relevante" para as decisões do Comitê de Poltítica Monetária ( Copom ) sobre a Selic , a taxa básica de juros. O presidente do BC considerou adequada a redução moderada no ritmo de cortes na Selic, conforme sinalizado recentemente em relatório divulgado na terça-feira (6).
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No dia 31 de maio, o Copom anunciou a redução da Selic em 1 ponto percentual, passando para 10,25% ao ano. Com a decisão, a taxa básica de juros atingiu o menor patamar desde janeiro de 2014, quando estava em 10% ao ano. O Copom vem anunciando reduções consecutivas na Selic desde outubro do ano passado.
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Projeções de inflação
Para Goldfajn, projeções de inflação um pouco abaixo da meta de 2017, em torno do previsto para 2018 e elevados níveis de ociosidade na economia apontam para a continuação do ciclo de cortes da taxa Selic, já considerando os atuais riscos. A meta do governo para este ano é manter o IPCA em 4,5% com margem de erro de 1,5% para mais ou para menos.
Goldfajn disse que a crise política aumentou a incerteza dos agentes econômicos em relação à "velocidade de adoção das reformas e de ajustas na economia". "Mas a economia brasileira apresenta hoje uma maior capacidade de absorver eventual revés, devido à situação mais robusta de seu balanço de pagamentos e ao progresso no processo desinflacionário e na ancoragem das expectativas", afirmou.
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"A atividade econômica dá sinais de estabilização no curto prazo e perspectiva de recuperação, mas a retomada da economia pode ser mais ou menos demorada e gradual do que a antecipada". Para o presidente do BC, a elevada incerteza sobre o andamento de reformas e ajustes na economia pode ter impacto sobre a atividade econômica e a inflação.
* Com informações da Agência Brasil.