As taxas de juros das operações de crédito tiveram queda no mês de maio, chegando a sexta redução consecutiva e a sétima em dois anos. De acordo com o diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac, Miguel José Ribeiro de Oliveira, este resultado pode ser atribuído a diversos fatores.
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Segundo o diretor, as maiores motivações para a queda das taxas de juros foram a redução da taxa básica de juros (Selic), promovida pelo Banco Central em sua última reunião do Copom e a expectativa de novas reduções da Selic frente à queda da inflação.
Pessoa física
Em relação à pessoa física , considerando as seis linhas de crédito pesquisadas, todas tiveram redução em suas taxas no mês. A média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,22 pontos percentuais, em maio (6,00 pontos percentuais no ano), correspondente a uma redução de 2,80% no mês (4,05% em doze meses).
Dessa forma, a taxa passou a do mês de abril, de 7,87% ao mês (148,20% ao ano) para 7,65% (142,20% ao ano) em maio deste ano, o que representa a menor taxa de juros desde dezembro de 2015.
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Pessoa jurídica
No caso de pessoas jurídicas três linhas de crédito pesquisadas, todas reduziram suas taxas de juros no mês. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma redução de 0,05 ponto percentual em maio (0,98 ponto percentual no ano), correspondente a uma redução de 1,09% no mês (1,38% em doze meses).
Assim, a taxa passou a de abril de 2017, de 4,58% (71,15% ao ano) para 4,53% ao mês (70,17% ao ano) em maio, chegando assim ao menor valor para a taxa de juros desde o mês de março do ano passado.
Taxa de juros x Selic
Levando em conta todas as elevações e reduções da taxa básica de juros (Selic), promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, tivemos neste período – até maio deste ano – uma elevação da Selic de 3,00 pontos percentuais (elevação de 41,38%), de 7,25% ao ano em março de 2013 para 10,25% ao ano em maio deste ano.
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As taxas de juros médias para pessoa física apresentou uma elevação de 54,23 pontos percentuais (elevação de 61,65%), de 87,97% para 142,20%. Nas operações de crédito para pessoa jurídica, houve uma elevação de 26,59 pontos percentuais (elevação de 61,01%), de 43,58% para 70,17%.