A agenda econômica do governo continua em andamento e não sofre interferências maiores por conta do cenário político no Brasil. Esta foi a avaliação feita em entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (7) pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele participa da reunião da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) realizada em Paris, na França.
Em sua fala, Henrique Meirelles destacou que a aprovação do texto-base da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e a discussão da reforma da Previdência no Congresso Nacional. "Continuamos trabalhando normalmente. O Brasil continua a funcionar, independente de discussões de ordem política", disse. O ministro também afirmou que, mesmo ficando para o segundo semestre, o projeto relacionado à Previdência trará "um resultado extremamente favorável" para as contas públicas.
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"Do ponto de vista de formação de expectativa, se for aprovada de fato – como têm sinalizado alguns líderes do Congresso – este mês, é um cenário positivo e seria o melhor para o país", acrescentou. "Não é meramente uma posição política de cada um [dos parlamentares] – contra ou a favor. O que existe é uma discussão objetiva sobre a necessidade de se fazer uma reforma da Previdência no Brasil", enfatizou.
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Meirelles ainda afirmou que a economia brasileira mostra sinais de retomada do crescimento e que, na última semana, os mercados ficaram "relativamente estáveis". O resultado, segundo o ministro, indica uma expectativa de continuidade da evolução da economia brasileira.
Juros
O membro do governo também comentou que a cautela do Banco Central para rever a taxa básica de juros é uma característica normal. Na última reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom ), o BC indicou que pode fazer uma redução moderada no ritmo dos futusos cortes da taxa Selic . Para Meirelles, a entidade seguiu o que estava previsto pelo mercado ao reduzir a taxa de juros em um ponto percentual para 10,25% ao ano.
País-membro
No Twitter, Henrique Meirelles disse que a candidatura do Brasil como país-membro da OCDE está sendo "muito bem recebida". "Entrada na OCDE faz parte da nossa agenda de reformas", disse em um dos primeiros tweets na conta aberta nesta quarta-feira (7). No final de maio, o governo confimou ter apresentado pedido para aderir à organização internacional de 35 países, baseada nos princípios da democracia representativa e da economia de livre mercado. Desde 1994, o governo brasileiro acompnha as atividadas da organização. Em 2007, foi convidado a um "engajamento ampliado", tornando-se um parceiro-chave da entidade.
* Com informações da Agência Brasil.
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