A Petrobras solicitou à B3 (antiga BM&F Bovespa), a certificação do Programa Destaque em Governança das Estatais, tornando-se a primeira a primeira estatal a fazer o pedido. O anúncio foi feito por Pedro Parente, presidente da empresa, em encontro com investidores da bolsa nesta segunda-feira (5).
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“O objetivo é fortalecer a governança e por fim a barreiras que coloquem em dúvida a independência da empresa”, afirmou o presidente da Petrobras . A empresa também iniciou estudos para aderir ao segmento especial de listagem Nível 2, que cria mecanismos internos mais rígidos para evitar corrupção.
Segundo Parente, a crise ética pela qual a empresa passou, com as investigações de corrupção da Operação Lava Jato, forçaram a estatal a estabelecer uma parada para a arrumação de sua governança e criar formas independentes de investigação. “Esperamos que isso traga benefícios não apenas de imagens, mas mais diretos, como melhoria dos custos de captação”, avalia.
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O diretor de governança e conformidade da Petrobras, João Elek, informou que a empresa negocia com a Odebrecht a retomada do diálogo comercial, contanto que sejam apresentados novos modelos robustos de integridade. “O que a gente vem divulgando desde o princípio da atividade é a necessidade de efetuar um acordo de leniência”, afirmou. Elek também que não há previsão para essa retomada comercial.
Alavancagem
O nível de alavancagem, que representa a relação entre dívida e geração de caixa da empresa, foi mantido em 2,5 para o ano 2018, sendo que o índice caminha para a meta de 3,2 neste ano, segundo Parente. Em 2015, o índice de alavancagem era de 5,1.
Ainda de acordo com o Parente, o planejamento estratégico considera quatro itens para o sucesso da meta. O primeiro é a política de preços. “Nunca iremos praticar preço abaixo da paridade internacional e sem margem para volatilidade e remuneração”, esclarece.
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Além desta política, os outros aspectos levantados foram a redução dos custos no quadro de recursos humanos da Petrobras, com os programas de demissão, o programa de desinvestimento e uma eficiência maior nos investimentos.