Segundo a Sondagem do Setor de Serviços feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio (FGV) o Índice de Confiança de Serviços (ICS) apresentou alta de 0,5 ponto neste mês de maio na comparação com o mês de abril e atingiu 84,7 pontos.
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Na comparação com o mês de maio do ano passado, a alta do indicador foi de 13,9 pontos. O resultado divulgado nesta terça-feira (30) pela FGV reverte, parcialmente, a queda do indicador de 1,1 ponto no mês passado.
Segundo os economistas da Fundação, não foi o setor como um todo que mostrou melhor confiança no segmento e na economia. Foi apurado que apenas cinco das 13 atividades pesquisadas para o ICS tiveram melhora na expectativa, porém não foram detalhados quais os segmentos.
Outras percepções
Assim como no mês de abril, em maio o setor de serviços apresentou melhora na percepção sobre a atual situação do País e piora em relação às perspectivas. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1,3 ponto e atingiu 77,9 pontos. Em contrapartida, o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 0,4 ponto, para 91,7 pontos.
Segundo o consultor da Fundação Getulio Vargas, Silvio Sales, o resultado da pesquisa aponta recuperação do otimismo em relação ao ambiente de negócios brasileiro. “Os indicadores de maio, apoiados na percepção sobre o ambiente corrente de negócios do setor, confirmam a tendência de melhora gradual da confiança das empresas de serviços”. Sales ressalta, ainda, que “a avaliação sobre a situação corrente reage a três meses consecutivos e sustenta desta forma, o avanço da confiança em maio”.
Sales enfatizou que podem ocorrer mudanças temporárias no cenário, já que o indicador divulgado nesta terça-feira (30) ainda não foi influenciado pelo escândalo político das últimas semanas. “Os resultados deste mês não captam inteiramente os possíveis efeitos sobre o humor empresarial decorrentes do recrudescimento da incerteza no campo político”.
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O levantamento da FGV apurou que a principal contribuição para a variação do indicador que mede o Índice de Situação Atual em maio foi dada pelo indicador de percepção sobre a Situação Atual dos Negócios, que subiu 2,7 pontos, para 79 pontos.
Já entre os indicadores integrantes do Índice de Expectativas, a maior influência veio do indicador de otimismo com a Tendência dos Negócios nos seis meses seguintes, que variou -0,6 ponto, para 93,6 pontos.
Empregos no setor
No primeiro trimestre o indicador de perspectivas para o emprego no segmento de serviços apresentou melhora. Esse resultado aponta ganho de confiança e a tendência de continuidade para o segundo trimestre.
A diferença em pontos entre a proporção de empresas que pretendem aumentar o quadro de pessoal e a das que preveem reduzi-lo nos meses seguintes ficou em queda de 2,5 pontos na média trimestral. O resultado é o menos negativo desde fevereiro de 2015 (-1,2 ponto).
Para os economistas que fizeram o estudo da FGV, esta aproximação nível neutro, ou seja, zero no saldo de respostas mostra que o ritmo de cortes de vagas no setor está perdendo força. Ainda segundo a análise dos consultores, que as incertezas acerca do cenário econômico brasileiro podem impactar negativamente “a retomada de contratações líquidas pelo setor nos próximos meses”.
*Com informações da Agência Brasil
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