Na última sexta-feira (5) o consumidor Pablo Ferrari divulgou em seu perfil do Facebook um vídeo em que flagra uma agressão sofrida por parte de um vendedor da loja Tecar Fiat em Brasília. O ocorrido, de acordo com o consumidor, se deu porque a empresa mostrou resistente ao prestar esclarecimentos referentes ao conserto do veículo comprado no local e que mesmo sendo 0 km, apresentou problemas mecânicos.
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Logo no começo do vídeo – que já foi assistido por mais de 3,5 milhões de pessoas e recebeu mais de 74 mil compartilhamentos –, o consumidor narra como está sendo tratado pelos vendedores da loja. Um deles, ao notar a gravação parte para cima do consumidor que se distância das agressões em direção à saída da concessionária.
Enquanto se retirava da loja, Pablo alega que o estabelecimento não tem capacidade de resolver os problemas ocorridos e que a postura da empresa será respondida por meio de um processo judicial.
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Ocorrido
O consumidor relata que o carro, uma Fiat Toro zero quilômetro comprada no valor de R$ 108 mil apresentou falhas após apenas sete mil quilômetros rodados durante uma viagem de férias da família ao Espírito Santo. Na ocasião, segundo Pablo, o carro atolou na areia e apresentou problema na embreagem. Posteriormente a isso, Ferrari foi até uma concessionária para resolver a questão do conserto, mas foi informado que a avaliação seria demorada e que as passagens de volta dele e de sua família seriam arcadas pela empresa.
De volta para casa, na cidade de Brasília, Pablo afirmou ter entrado em contato com a concessionária onde comprou o veículo para que esta lhe emprestasse um automóvel temporariamente, visto que ele precisa do veículo para trabalhar, já que é autônomo. Entretanto, a empresa alegou que foi identificado que o carro apresentou falhas mecânicas por mau uso do produto, sendo então o empréstimo impossível.
De acordo com o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), o consumidor só perde o direito à garantia do produto caso o prazo da mesma seja terminado ou se o fornecedor provar que o problema teve como origem o mau uso ou uso indevido por parte do consumidor.
O Brasil Econômico tentou entrar em contato com a Fiat para esclarecer quais fatores foram decisivos para o diagnóstico do mau uso do veículo, mas a empresa até o momento da publicação da reportagem não respondeu à demanda.
Em nota, o Grupo Tecar lamenta o ocorrido e reforça que a companhia não admite comportamentos agressivos sob quaisquer circunstâncias. “A cena gravada reflete parcialmente a verdade dos fatos, uma vez que as agressões verbais sofridas pelos colaboradores da empresa e, principalmente a intimidação feita pelo cliente a nossa gerente de vendas, não vieram a público e foram esses fatos, que não nos exime de falta ou culpa, que explicam o popular conhecimento que violência gera mais violência, e isso foi o que se deu na ocasião”, declara.
Sobre o funcionário que agrediu o consumidor, a empresa esclarece que ele está temporariamente afastado, e que no decorrer da semana o Grupo irá apurar com minúcias todos os fatos ligados ao episódio. No final, a entidade pede desculpas ao cliente Pablo Ferrari e aos demais clientes da empresa, além daqueles que tenham se sentido desrespeitado ao ver as imagens publicadas.
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