Deflagrado pela Polícia Federal há cerca de um mês, a Operação Carne Fraca trouxe sérios prejuízos para o setor alimentício, principalmente na avaliação dos consumidores. Segundo o Índice Nacional de Satisfação do Consumidor (INSC), medido pela ESPM, o setor apresentou, em março, queda de 19,9 pontos percentuais, a maior verificada para o período. Em média, o mercado teve queda de 0,7 p.p., passando de 56% para 55,3%.

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De acordo com o levantamento, a grande repercussão na internet por conta da Operação Carne Fraca contribuiu com a queda significativa na satisfação dos consumidroes, que usaram as redes sociais para manifestar a preocupação com a qualidade dos produtos consumidos. Ao mesmo tempo, a avaliação de outros oito setores também apresentou retração em março.

Avaliação do setor alimentício foi influenciado pela Operação Carne Fraca, que faz a satisfação cair 19,9 p.p. em março
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Avaliação do setor alimentício foi influenciado pela Operação Carne Fraca, que faz a satisfação cair 19,9 p.p. em março

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É o caso dos transportes metropolitanos (-4,7 p.p.), supermercados (-3,7 p.p.), energia elétrica (-3,3 p.p.), bebidas (-2,8 p.p.), indústria automobilística (-2,5 p.p.), personal care (-1,1 p.p.), indústria farmacêutica (-0,9 p.p.) e comunicações (-0,2 p.p.). De acordo com a pesquisa, a retração no setor de transportes metropolitanos, que caiu de 27,2% em fevereiro para 22,5%, em março, foi causada, principalmente, pela greve no metrô de São Paulo e as notícias sobre corrupção em outra empresa pesquisada.

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O setor de supermercados foram os que apresentaram a terceira maior retração. Em fevereiro, o índice deste setor estava em 84,6% e, em março, passou para 80,9%. O fator que influenciou a queda foi a repercussão com comentários negativos a respeito da entrada de uma das redes na lista de mais reclamadas do Procon de São Paulo. Já a área de energia elétrica passou de 38,3% em fevereiro para 35% em março. A movimentação, segundo os pesquisadores foi causada pelo anúncio de uma das operadoras sobre o aumento do valor da tarifa. 

Dos 23 setores analisados pelo levantamento, 14 tiveram alta na satisfação. Entre eles, o setor de eletroeletrônicos (+4,8 p.p.), indústria digital (+4 p.p.), construtoras (+3,3 p.p.), hospitais e laboratórios (+3 p.p.), drogarias (+2,9 p.p.), saneamento básico (+2,9 p.p.), seguradoras (+ 2,8 p.p.), convênios médicos (+2,8 p.p.), vestuário (+1,8 p.p.), bens de consumo (+1,8 p.p.), aviação (+1,7 p.p.), gás (+1,2 p.p.), lojas de departamento (+1 p.p.) e bancos (0,8 p.p.).

Segundo a pesquisa, uma empresa foi a responsável pelo aumento da avaliaçnao sobre o setor de eletroeletrônicos, que passou de 68% em fevereiro para 72,8% em março. O estudo aponta uma expectativa dos consumidores sobre a chegada do mais recente modelo de smartphone de uma das empresas pesquisadas.

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Primeiro e único indicador brasileiro com informações levantadas exclusivamente pela internet, o INSC permite analisar tanto a avaliação de consumidores sobre a acontecimentos como a Operação Carne Fraca, quanto a expectativa sobre novos produtos. O levantamento indica mensalmente o que pensa o público sobre produtos e serviços de 92 empresas que respondem por 23 setores da economia.

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