O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (12) um recuo de 0,2% nas vendas do comércio varejista nacional, com taxa de 0,1% para a receita nominal, na série ajustada sazonalmente. Em relação ao volume de vendas o resultado foi considerado negativo se comparado a janeiro, porém sem influenciar a média móvel que se manteve positiva, com 1%.
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Ainda sobre o volume de vendas, o IBGE apontou que o varejo nacional recuou 3,2% se comparado a fevereiro do ano passado, 23ª taxa negativa consecutiva. Com isso, o comércio varejista acumulou retração de 2,2% nos dois primeiros meses de 2017 e taxa acumulada de -5,4% nos últimos 12 meses.
Também em fevereiro deste ano, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado, de 2,1% acumulada no ano e de 4,2% nos últimos 12 meses.
Varejo ampliado
No comércio varejista ampliado, que abrangente a venda de veículos, motos, partes e peças de material de construção, registrou um resultado positivo se comparado ao primeiro mês do ano e na série com ajuste sazonal, variando 1,4% no volume de vendas e 1% na receita nominal de vendas.
No que se diz respeito ao volume de vendas o índice permaneceu positivo pela quarta vez consecutiva, mantendo a média móvel. Se comparado ao mês de fevereiro de 2016, o comércio varejista ampliado apresentou decréscimos de 4,2% no volume de vendas e de 1,7% na receita nominal. Já para as taxas acumuladas, as variações foram de queda de 2,1% no ano e de retração de 7,5% nos últimos 12 meses. Para o volume de vendas o resultado foi 0,8% e negativa em 0,3% para a receita nominal.
A pesquisa destacou o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças como o principal contribuinte para o desempenho do setor, com taxa de 0,1% para o volume de vendas, sendo a terceira taxa positiva consecutiva. Se comparada a fevereiro de 2016, a taxa teve queda de 13,6%, permanecendo negativa pelo 36º mês seguido.
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Em termos acumulados, as variações foram de 8,5% nos dois primeiros meses e -13,1% nos últimos 12 meses. A baixa das vendas para este segmento está associada ao ritmo desacelerado da atividade econômica, bem como o menor ritmo na oferta de crédito e restrições nos orçamentos dos brasileiros.
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Já o segmento de material de construção apresentou queda de 1,3%, voltando a ser negativo após três altas sucessivas. Em comparação a fevereiro do ano passado as variações acumuladas foram de 1,4% no bimestre e de retraçaõ de 8,2% nos últimos 12 meses.
Atividades
Em fevereiro, os resultados positivos predominaram as atividades que integram o varejo, com destaque para cinco segmentos: móveis e eletrodomésticos, com 3,8%, tecidos, vestuário e calçados, com 1,5%, livros, jornais, revistas e papelarias, com 1,4%, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 1% e combustíveis e lubrificantes, com 0,6%.
Por outro lado, as atividades hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, equipamentos e matérias para escritório, informática e comunicação e outros artigos de uso pessoal e doméstico decresceram 0,5%, 1,5% e 1,8%, respectivamente.
Unidades da Federação
Na passagem de janeiro para fevereiro de 2017 e na série com ajuste sazonal, 11 das 27 Unidades da Federação apontaram recuos no comércio varejista, com quedas de 4,7% no Mato Grosso, 4,4% no Rio Grande do Sul e 4,2% em Goiás.
Em relação ao volume de vendas, 21 das 27 Unidades da Federação registraram quedas, com destaques para: Goiás, com 15%, Tocantins, com 14,9% e Pará, com 14%. Em contrapartida, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina mostraram bom desempenho, com avanços de 19,1% e 10,6% no volume de vendas. Quanto à participação na composição da taxa negativa do varejo, São Paulo e Rio de Janeiro foram os maiores contribuintes, com recuos de 3% e 6,6%, respectivamente.
De acordo com o IBGE, 20 estados apresentaram variações negativas no comércio varejista ampliado. Rondônia deteve a maior retração, com 18,8%, assim como o Pará, com 13%, Piauí, com 12,7% e Tocantins, com 11,9%.
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