Pesquisas internacionais comprovam que todo ambiente corporativo rico em diversidade só tem a ganhar, não só na sociabilidade entre a equipe, mas também no lucro da empresa, isso é o que avalia a CEO da Rede Pró-Corpo, Marisa Peraro. Entretanto, o papel da mulher dentro das corporações ainda é pequeno e repleto de obstáculos.
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Multiplicidade de nacionalidade, religião, raça, e neste caso, em gênero compõe esse leque levantado pela especialista, que listou as sete dificuldades enfrentadas pela mulher no ambiente corporativo e como superá-las.
Remuneração inferior
Marisa Peraro aconselha que haja uma conversa transparente com o setor de Recursos Humanos da empresa ou com o gestor sobre essa questão. Caso seja líder, a especialista recomenda que seja feita uma análise sobre as folhas de pagamento para que uma eventual divergência salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo seja identificada e resolvida.
Cultura organizacional
Simplesmente promover a diversidade nos cargos e funções não é o suficiente. É necessário que as entidades também estipulem uma porcentagem de mulheres na liderança. A CEO destaca, que uma pesquisa promovida pelo Peterson Institute for International Economics apurou que empresas, com pelo menos 30% de executivas, têm 15% a mais de lucro.
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Única mulher
Ir contra uma cultura organizacional que promove um discurso de liderança predominantemente masculino, significa que quanto mais mulheres na liderança, melhor. E isso já é observado, de acordo com a especialista, porque estamos na era das primeiras executivas brasileiras a ocuparem cargos de chefia nas grandes companhias.
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Divisão de tarefas domésticas
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA) apurou em seu último balanço que a jornada de trabalho das mulheres supera em 7,5 horas a realizada pelos homens. “Delegue, converse e equalize a quantidade de horas dedicadas à manutenção da sua residência”, recomenda a especialista ao explicar que as responsabilidades do lar são iguais para ambos os gêneros.
Equilíbrio
Infelizmente ainda é necessário que as mulheres lutem pelo espaço no trabalho profissional, naturalmente associado ao homem como algo orgânico. Evidenciar para os parceiros, filhos e amigos a importância do trabalho para a plenitude e a busca pelo equilíbrio nesse processo é uma das lições ensinadas pela Marisa Peraro.
Discurso ≠ prática
De acordo com a CEO, embora haja muitas empresas “engajadas” com o discurso das minorias – cada vez mais questionado e discutido pela sociedade – muitas companhias adotam esses valores, mas não os praticam. “Por isso, vale a pesquisa sobre a empresa, quem trabalha nela e se os seus valores vão de encontro aos dela”.
Cobrança
Marisa relembra que as mulheres tendem a ser mais cobradas pelas suas atividades do ambiente corporativo. Para saber se esta é uma realidade, a especialista aconselha que haja uma conversa com seus gestores, para identificar se os seus pares têm o mesmo “peso” de responsabilidade e cobrança, uma vez que é inaceitável demandas não condizentes.
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