A Caixa Econômica Federal registrou lucro 42% menor no ano passado na comparação com 2015. De acordo com balanço divulgado nesta terça-feira (28) pela instituição, a estatal teve resultado positivo de R$ 4,1 bilhões em 2016, sendo R$ 691 milhões somente no quarto trimestre. Um ano antes, foram registrados R$ 7,2 bilhões em lucros.
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O índice de inadimplência chegou ao final do ano passado em 2,88%, equivalente a uma redução de 0,7 ponto percentual em 12 meses. Em 2016, as despesas de provisão para devedores duvidosos, ou seja, a proteção contra inadimplentes totalizaram R$ 20,1 bilhões. O resultado representa uma alta de 2,3% na comparação com o ano anterior. De acordo com a Caixa
, este comportamento "demonstra que ações de aperfeiçoamento da gestão de risco, da cobrança e de todos os demais elementos de crédito estão produzindo os efeitos esperados".
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A carteira de crédito do banco crescreu 4,4% ao longo do ano, registrando saldo de R$ 709,3 bilhões. O desempenho fez a estatal ter 22,4% de participação no mercado. O crédito habitacional, principal linha de atuação, teve expansão de 5,6%, fechando o ano com saldo de R$ 406,1 bilhões, equivalente a 67% do mercado. As contratações para compra de imóveis chegaram a R$ 81,8 bilhões no ano. Deste valor, R$ 62,9 bilhões foram viabilizados a partir de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Operações de crédito comerciais
As operações de crédito comerciais tiveram retração de 4% durante os 12 meses, totalizando R$ 191 bilhões. Segundo o balanço, a queda foi puxada pela redução das operações com pessoa jurídica, que caíram 7,4%. As operações para pessoa física também tiveram queda, mas em nível menor. A categoria caiu 0,8% no ano passado. O destaque ficou com o crédito consignado, que cresceu 7,2%, alcançando saldo de R$ 63,9 bilhões.
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As captações totais tiveram expansão de 4,5% em 12 meses totalizando R$ 984,1 bilhões. A alta foi influenciada principalmente pelo crescimento de 27,7% da emissão de títulos CDB e de 4,1% na poupança, segmento em que a Caixa detém 38% do mercado.