O governo federal apresentou corte na projeção de economia em 2017. De acordo com a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) divulgada nesta quarta-feira (22), em Brasília, pelo Ministério da Fazenda, o crescimento neste ano ficará em 0,5%. Ao rever a projeção anterior de 1%, o governo se aproxima das projeções feitas pelo mercado financeiro, que acredita que o PIB ficará em 0,48%.
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No ano passado, o PIB teve queda de 3,6%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2018, o Ministério da Fazenda projeta crescimento de 2,5% na economia . Ao atualizar as estimativas, a pasta também apresentou revisões nos números relativos a cada trimeste. O quarto trimestre do ano, por exemplo, passa a ter projeção de crescimento de 2,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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O número representa uma melhoria em relação ao que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, havia declarado anteriormente. Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíca, Meirelles informou que, entre outubro e dezembro, o PIB teria expansão de 2% em relação a 2016. Já no início deste mês, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o ministro disse que o último trimestre do ano teria alta de 2,4%.
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"O importante é a comparação trimestral [em relação ao mesmo período do ano anterior]. É esse número que dá a sensação térmica da economia", explicou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk. Ele não informou o impacto da revisão do PIB sobre o Orçamento em 2017.
Inflação em queda
A prévia para a inflação também foi apresentada nesta quarta-feira (22). Segundo projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços deverão subir, em média, 4,3% este ano. A estimativa anterior do governo era de 4,7%. Para 2018, a estimativa é de inflação de 4,5%.
O governo divulga ainda hoje o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, apresentado a cada dois meses com estimativas de arrecadação, de gastos e de cortes no Orçamento. Com base no documento, o governo edita um decreto de programação orçamentária, com limites de gastos atualizados para cada ministério ou órgão federal.
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Na terça-feira (21), Meirelles adiantou que o aumento de impostos não está descartado e disse que o valor do contigenciamento divulgado após as novas projeções para a economia será a "combinação possível". Segundo ele, o objetivo é cumprir a meta fiscal estabelecida para este ano, com deficit previsto de R$ 139 bilhões.
* Com informações da Agência Brasil.