A prévia da inflação oficial medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apresentou queda na passagem de fevereiro para março, ao passar de 0,54% para 0,15%. O IBGE informou que essa foi a menor taxa para o período desde 2009, quando indicador de inflação foi de 0,11%.
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Foi informa pelo IBGE, quando o indicador é comparado mensalmente, o resultado da prévia da inflação de março foi o menor resultado desde agosto de 2014, quando o indicador foi de 0,14%. Em relação aos últimos doze meses, o índice desceu para 4,73% e ficou abaixo dos 5,02% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2016, a taxa foi 0,43%.
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O balanço do IBGE sinalizou que o principal responsável pela prévia entre os meses de fevereiro e março foram os transportes, que apresentaram deflação, ou seja, queda de preços, na ordem de 0,16%. Essa retração veio do impacto da redução nos preços dos combustíveis, sendo que a gasolina teve queda de 0,06% no período e o etanol de 2,69%. As passagens aéreas também colaboraram para o resultado ao apresentar queda de 9,71% no período analisado.
Outro setor econômico que colaborou para a queda no indicador foi o de alimentos com duas quedas consecutivas. O maior impacto foi a deflação de 0,08% no segmento de alimentos, sendo que o feijão-carioca teve queda de preço na ordem de 10,36%; o feijão-preto de 8,27%, o frango inteiro de 2,39% e as carnes mais baratas com queda de 1,31% nos preços.
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Vilão
Em contrapartida, o IBGE informou que os gastos com habitação impediram que a prévia da inflação fosse menor no período analisado. Os custos com as residências cresceram 0,64% na prévia de março. O vilão ao consumidor foi os gastos com energia elétrica que ficaram 2,45% mais caros no País entre fevereiro e março. O IBGE informou ainda que a energia elétrica respondeu por mais da metade da inflação no período.
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