A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou nesta quinta-feira (16) um levantamento que mostra que entre 2011 e 2016, os roubos de carga custaram cerca de R$ 6,1 bilhões à economia brasileira.
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Segundo a pesquisa da Firjan , o prejuízo chegou a R$ 3,9 milhões por dia em relação às ocorrências concentradas nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, com 43,7% e 44,1%, respectivamente.
As perdas causadas por esse tipo de crime também apresentaram crescimento no ano, assim como o número de casos, com acréscimo de 86%, passando de 12 mil em 2011 para 22 mil em 2016.
O presidente da Federação, Eduardo Eugênio Gouveia Vieira, afirmou que as transportadoras têm exigido taxas extras que podem chegar a 1% em casos de produtos roubados com destino ao Rio de Janeiro. Para ele, grandes empresas têm deixado de fazer entregas no estado devido à quantidade de roubo de cargas, que já passa de 50 casos por 100 mil habitantes.
Valor recorde
Em 2016 os prejuízos com roubo de cargas atingiram o valor recorde de mais de R$ 1,4 bilhão, quase o dobro dos R$ 761 milhões de 2011. Vale lembrar que os resultados desconsideram os estados do Acre, Amapá, Pará e Paraná.
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Como medida para enfrentar o problema, a entidade propôs um movimento nacional contra o roubo de cargas, como por exemplo, ações com articulação entre estados, governo federal, municípios e Legislativo.
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Os industriais pedem penas severas para os crimes de roubo de cargas e receptação, vendo como medida importante a contratação de mais policiais para recompor os quadros das instituições. Proibir a venda dos bloqueadores de sinal de radiocomunicação também foi outra alternativa proposta, uma vez que os equipamentos têm sido usados por quadrilhas.
No último mês do ano passado, o Ministério da Justiça criou o Comitê de Combate de Furtos e Roubos de Cargas, integrando empresários, trabalhadores e membros do Poder Público a fim de gerar propostas e levá-las para o governo.
De acordo com o levantamento da Firjan, os impactos acerca desse crime tem causado o encarecimento dos seguros, repasse de custo ao consumidor e taxas cobradas por transportadoras. Se levada em consideração a venda ilegal dos produtos, a sonegação de impostos também pode ser apontada como ação redutora na arrecadação do estado.
*Com informações da Agência Brasil
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