O número total de trabalhadores com carteira assinada no Brasil caiu de 39,6 milhões em fevereiro do ano passado para 38,3 milhões em fevereiro deste ano, segundo informações divulgadas pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) nesta quinta-feira (16).
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Apesar da queda, o presidente Michel Temer comemorou ao divulgar, em coletiva de imprensa, a criação de 35.612 vagas de emprego com carteira
assinada no mês. Foi o primeiro saldo positivo desde março de 2015, quando o País havia registrado a criação de 19.282 postos de trabalho nestes moldes. O anúncio do presidente foi uma iniciativa rara, visto que os dados geralmente são divulgados pelo Ministério do Trabalho.
Estes números são baseados no resultado das contratações menos a quantidade de demissões no período em avaliação. No último mês houve o total de 1.250.831 contratações, contra 1.215.219 demissões.
Temer afirmou ainda poder garantir que a inflação fechará 2017 abaixo do centro da meta, que é 4,5% ao ano. Mencionando a vida indigna dos brasileiros que ainda estão desempregados, Temer reconheceu que o resultado é apenas um começo.
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"Nós temos muitos milhões de brasileiros que dependem de empregos, mas é preciso começar. E o começo veio com essa notícia que estou dando a vocês", afirmou.
Segundo o presidente, o otimismo deve guiar os passos do governo e da economia. "Mais que nunca, eu verifico interesse de investimentos estrangeiros no nosso país", disse, citando as reformas e medidas de ajuste que o Planalto vem implementando ao longo dos últimos meses.
As medidas, de acordo com Temer, reforçam a estabilidade das instituições. "Estamos num clima de estabilidade política e social. [Sobre] a reforma da Previdência, é claro que há observações, que serão examinadas pelo governo", disse.
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Além do saldo de postos de trabalho com carteira assinada, a mudança da perspectiva da economia brasileira feita na última quarta-feira (15) pela Agência Moody's também foi celebrada por Temer. Segundo ele, a “queda substancial em pouquíssimo tempo” dos pontos negativos, depois que o país perdeu o grau de investimento em fevereiro do ano passado, sinalizam que o país poderá retomá-lo. “Ao longo do tempo é muito provável que se atinja uma pontuação que nos faça retomar ao grau de investimento”, finalizou.