FGV aponta crescimento no número de empresas certas em relação aos seus planos de investimento para os próximos meses
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FGV aponta crescimento no número de empresas certas em relação aos seus planos de investimento para os próximos meses

O Indicador de Intenção de Investimento da Indústria elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou alta de 6,9 pontos no primeiro trimestre deste ano e em relação ao trimestre anterior, atingindo os 100 pontos.

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Segundo a FGV, o resultado foi considerado o com maior nível desde o primeiro trimestre de 2015, quando o indicador registrou 100,8 pontos, alcançando assim, a zona de neutralidade entre otimismo e pessimismo.

Vale ressaltar que o Indicador de Intenção de Investimentos apura a disseminação do ímpeto de investimento entre empresas industriais, o que auxilia na antecipação de tendências econômicas.

“A alta do indicador parece estar relacionada, entre outros fatores, à melhora de perspectivas para o crescimento da economia brasileira neste ano. A definição de uma tendência de redução do grau de incerteza em relação à execução destes investimentos é também uma notícia favorável. Apesar disso, ainda existem riscos no cenário de curto e médio prazo, principalmente originados no ambiente político, que podem provocar adiamento de investimentos”, afirmou o superintendente de estatísticas públicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, Aloisio Campelo Jr.

Ainda no primeiro trimestre de 2017, a proporção de empresas que tinham a intenção de investir mais nos 12 meses seguintes foi idêntica à das que estimaram investir menos, com 19,9%.  Em relação ao trimestre anterior, os percentuais foram de 17,8% e 24,7%, respectivamente.

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Incerteza e investimentos

No mesmo período a Fundação também consultou empresas para saber o grau de certeza das mesmas em relação as previsões de investimentos para os meses seguintes.

Após três trimestres seguidos de incertezas, cerca de 29,2% das entidades afirmaram estar certas no que se diz respeito ao plano de investimentos, ante a 22,2% que optaram pela categoria contrária, menor percentual de empresas incertas desde o final de 2015.

O resultado permanece na linha do Indicador Mensal de Incerteza Econômica do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), que recuou em janeiro e fevereiro de 2017, ainda em nível elevado em termos históricos.

Apresentado no Boletim Macro do Ibre- FGV de janeiro, a incerteza em relação ao plano de investimento das entidades industriais pode influenciar negativamente a realização dos investimentos. Em termos quantitativos, a probabilidade de uma empresa revisar para baixo o volume de investimentos é 19% maior em entidades incertas na execução de seus planos.

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