Com lucro líquido de R$ 6,4 bilhões em 2016, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou alta 3,1% neste quesito, na comparação com o ano anteior, quando o valor havia ficado em R$ 6,199 bilhões. Os principais fatores que impulsionaram o resultado foram a redução nas provisões para perdas em investimentos (impairment), o reconhecimento de créditos tributários e o resultado da intermediação financeira.
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Consierando apenas o quarto trimestre, o lucro líquido chegou do BNDES a R$ 2,2 bilhões. No mesmo período, em 2015, houve prejuízo de R$ 441 milhões. A forte valorização do mercado acionário (o Índice Bovespa subiu 38,9% no ano), sobretudo no segundo semestre contribuiu para o crescimento de R$ 28,108 bilhões da carteira de ações, sendo um fator positivo para a evolução do patrimônio líquido do banco.
O cenário macroeconômico adverso durante o ano de 2016, que levou à retração da demanda por financiamentos, implicou em crescimento de 28,2% no resultado de intermediação financeira.
Risco de crédito
A provisão para risco de crédito foi elevada pelo banco em R$ 9,156 bilhões em 2016 (em 2015, foi R$ 1,468 bilhão). Além do mínimo exigido pela Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) 2.682/99, o banco fez provisão complementar de R$ 1,306 bilhão.
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O crescimento no volume de provisões em 2016, avaliada com base nos ratings atribuídos aos devedores, reflete o alinhamento da carteira de crédito e dos repasses do Sistema BNDES à conjuntura econômica do ano de 2016, marcada pela piora do risco setorial.
Inadimplência
Além disso, o índice de inadimplência para 30 dias atingiu 2,81% em 31/12/16 (0,06% em 31/12/15), refletindo a retração da economia brasileira e a piora dos ratings atribuídos a alguns beneficiários. Em dezembro de 2016, o índice de inadimplência para 90 dias do banco foi de 2,43%.
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O Sistema BNDES fechou dezembro de 2016 com patrimônio líquido em R$ 55,2 bilhões, crescimento de 78% em relação ao ano anterior, decorrente da mencionada valorização da carteira de ações. O patrimônio de referência (que determina a capacidade de financiamento) cresceu 42,8%, atingindo R$ 135,620 bilhões, o que contribuiu para a elevação do índice de Basileia, que ficou em 21,7%, acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central e do índice registrado em 2015 (14,7%).