De acordo com SPC Brasil,  51% dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços estimam que o faturamento cresça nos próximos seis meses
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De acordo com SPC Brasil, 51% dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços estimam que o faturamento cresça nos próximos seis meses

O Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços (MPEs) desenvolvido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) registrou em fevereiro o maior resultado da série histórica, iniciada em março de 2015, com 52, 5 pontos. Contudo, ainda apresenta um otimismo moderado por parte dos empresários.

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Quanto mais próximo de 100 pontos o indicador da SPC Brasil e da CNDL estiver, mais otimista é o resultado.  Ao marcar menos de 50, é considerado pessimista e caso marque 50, é neutro. Na comparação com os 43 pontos obtidos em fevereiro do ano passado, o indicador avançou 9,5 pontos. Já se comparado a janeiro de 2017, o acréscimo foi de 1,5 ponto. Na variação anual, o resultado foi de 22,1% e 2,9% na mensal.  

“Notícias positivas como recuo da inflação, aceleração no corte de juros aliadas à liberação de recursos do FGTS podem favorecer os setores de comércio e serviços, uma vez que estes recursos poderão ser destinados ao pagamento de dívidas e ao consumo, aliviando assim a inadimplência e impulsionando as vendas”, explicou o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. 

Outros resultados

O Indicador de Confiança é composto também pelo indicador de condições gerais e pelo indicador de expectativas, baseados nas avaliações dos micro e pequenos empresários em relação às condições da economia e do ambiente de negócios em que estão inseridos.

O subindicador de expectativas registrou 65,4 pontos, 10,9 a mais do que os 54,5 apresentados no mesmo período de 2016. Entretanto, o subindicador de condições gerais permaneceu abaixo do nível neutro, com 35,2 pontos, alta de 7,5 pontos se comparado a fevereiro do ano passado.

De acordo com o SPC Brasil, cerca de 66% dos empresários afirmaram estar  confiantes com seus negócios, enquanto 11% ressaltaram o oposto. Entre os confiantes, 34% estimam que as coisas melhorem; 30% acreditam estar fazendo uma boa gestão do negócio e 13% visam melhora na economia.

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Em relação aos pessimistas, 55% acreditam que a crise econômica continue; 17% apontam as vendas como principal motivo da lentidão na recuperação de seus negócios e 13% afirmam que a procura por seus produtos não irá aumentar, por serem considerados supérfluos.

Ao que se diz respeito ao futuro da economia, 57% dos MPEs estão otimistas, sendo que 45% não sabem explicar o motivo. Cerca de 21% notaram melhora nos indicadores econômicos e 17% acreditam que a crise politica será resolvida. Por outro lado, 16% afirmaram estar pessimistas, sendo que 35% enxergam as incertezas políticas como principal fator, enquanto 23% apontam os problemas econômicos como graves e 20% a queda nas vendas.

“A confiança dos empresários com os negócios é maior do que a confiança na economia pelo fato de acreditarem ser possível realizar ajustes diante da crise, diferente do que acontece com a economia”, afirmou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

Na avaliação dos últimos seis meses, 61% dos entrevistados acreditam que a economia piorou e 13% afirmam detectar melhoras. Em relação aos negócios, 49% apontaram piora, ante a 17,5% que afirmam o contrário. “A percepção que os empresários têm dos últimos meses vem melhorando, mas o sentimento da maioria ainda é de que a situação está ruim. Isso acontece porque os sinais da recuperação econômica ainda são muito tímidos e não chegaram ao dia a dia do empresário”, explanou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Faturamento

Segundo o SPC Brasil, 51% dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços estimam que o faturamento cresça nos próximos seis meses, contra 35% que acreditam que o mesmo não será alterado e 8% que preveem queda no faturamento.  “Apesar de positivos, os dados devem ser vistos com cautela, já que ainda há tensão política e riscos à recuperação econômica. A consolidação da confiança e a retomada do crescimento dependerão, entre outras variáveis, do sucesso das reformas propostas pelo governo”, concluiu Pinheiro.

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