Em ata divulgada nesta quinta-feira (2) sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizado no final de fevereiro o Banco Central (BC) informou que existe a possibilidade de se intensificar o corte da taxa básica de juros, a Selic.
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No dia 22 de fevereiro, o Copom fez o quarto corte consecutivo da taxa de juros. Foi anunciado na ata que a decisão foi unânime entre todos os membros do Comitê em relação ao corte de 0,75 ponto percentual no juros, que passou de 13% para 12,25% ao ano.
A mudança no cenário econômico evidenciado pela continuidade da recessão da crise e a expectativa que a inflação continue a trajetória de queda, o Comitê de Política Monetária enfatizou que cortes superiores a 0,75 p.p. podem acontecer nas próximas reuniões.
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“Com expectativas de inflação ancoradas, projeções de inflação na meta para 2018 e marginalmente abaixo da meta para 2017, e elevado grau de ociosidade na economia, o cenário básico do Copom prescreve antecipação do ciclo de distensão da política monetária [redução da Selic]”, diz a ata.
A projeção de inflação do Copom para 2017 caiu em relação à estimativa prevista em janeiro e ficou em torno de 4,2%, abaixo do centro da meta de 4,5%. Para o próximo ano está ao redor de 4,5%. Para instituições financeiras consultadas pelo BC, a inflação ficará em 4,36%, em 2017 e em 4,5% em 2018.
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Cortes maiores
Outra informação que consta na ata divulgada nesta quinta-feira (2) afirma que o Comitê ao invés de fazer cortes pequenos na Selic, opte por cortes mais agressivos, diminuindo o ritmo das reduções de forma gradativa até o final deste ano. As reuniões do Copom ocorrem aproximadamente a cada 45 dias. A próxima reunião está marcada para os dias 11 e 12 de abril.
O Copom ressalta que a aprovação e implementação de reformas fiscais são fundamentais para a sustentabilidade da desinflação e para a redução da taxa de juros ao longo do tempo. “Por fim, os membros do Copom destacaram a importância de outras reformas e investimentos em infraestrutura que visam aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. Estes esforços são fundamentais para a estabilização e a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”, diz a ata.
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