Nesta segunda-feira (13) a Heineken N.V. – marca holandesa de cerveja - divulgou o acordo assinado com a Kirin Company para adquirir a Brasil Kirin Holding S.A. Com a aquisição a Heineken se tornar a segundo maior fabricantes de cervejas no País. O montante investido na compra da marca foi de 664 milhões de euros, o equivalente a US$ 704 milhões.
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Não é novidade que a marca japonesa não vinha muito bem em seus negócios. O seu balanço anual divulgado há pouco mais de um mês registrou queda de 5,5% no seu volume de vendas em 2016. O índice inclui as marcas Devassa e Schin – da vertente mainstream. Enquanto isso, após a conclusão da aquisição prevista para ser concluída ainda no primeiro semestre, a Heineken se tornará a segunda maior companhia de cervejas do País.
Objetivos
Além da busca por ampliação de mercado e do retorno em longo prazo, a Heineken espera acelerar o crescimento do mercado premium de cervejas, uma vez que o portfólio da Brasil Kirin é complementar às buscas da Heineken.
Para o Jean-François Van Boxmeer, CEO da Heineken "Esta transação é transformadora nesse importante mercado de cerveja, contribuindo para o histórico de sucesso que registramos no segmento premium e fortalecendo nossa plataforma para crescimento futuro. Reitera nosso compromisso com o mercado brasileiro e a confiança em nossa capacidade de gerar resultados positivos no longo prazo em todos os segmentos do mercado. Estou ansioso para receber nossos novos colegas da Brasil Kirin na Heineken e trabalharmos juntos para o crescimento do novo negócio.”
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Mas e a recessão?
De acordo com a Heineken, é vantajoso investir no Brasil neste momento, mas ressalta que o retorno virá apenas em longo prazo. A empresa entende que o aumento da população e do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mais o sucesso do segmento premium de cervejas são motivos o suficiente para fazer o acordo de 664 milhões de euro.
Brasil Kirin
Além da Schin e da Devassa, que fazem parte do segmento mainstream das cervejas, a marca também possui uma linha premium que complementará a Heineken, que são a Baden Baden e a Eisenbahn. Entre outros produtos fabricados pela empresa estão refrigerantes, água e outras bebidas.
Um dos objetivos da Heineken com a integração é chegar às regiões Norte e Nordeste do Brasil, onde tem menor atuação. Ao contrário da Brasil Kirin que é onde é mais popular.
Heineken Brasil
A presença da marca holandesa no País cresceu 10% desde 2010 após a aquisição das operações de cerveja da empresa Fomento Económico Mexicano (FEMSA). Seu volume de vendas ficou ainda mais expressivos após o lançamento de Amstel, no segmento mainstream das cervejas.
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