O empreendedor do varejo paulistano está hesitante. De acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comercio (ICEC), a pontuação obtida em janeiro de 2017 não foi o suficiente para manter a série de oito altas consecutivas.
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O balanço divulgado nesta quarta-feira (8) apontou que, enquanto o mês de dezembro fez um total de 97,9 pontos, janeiro mostrou um recuo na confiança do varejista de 4,3%, ao atingir a marca de 93,7 pontos. Embora os números não tenham sido tão positivos assim em relação a janeiro de 2016, o ICEC subiu 25,7%, quando a pontuação foi 74,5 pontos.
A variação do indicador elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) é de zero (pessimismo) a 200 pontos (otimismo).
Grandes empresas
Segundo a análise elaborada pela entidade, apenas as grandes empresas do varejo paulista se mantiveram otimistas em janeiro deste ano. O levantamento mostra que enquanto nos negócios com mais de 50 funcionários a confiança cresceu 4,6%, as empresas com menos de 50 pessoas teve o ICEC abalado em 4,5%.
No comparativo com o mesmo mês de 2016, o índice subiu 25% para as companhias menores, enquanto que para as maiores subiu 55,3%.
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Cautela
Ainda que os números não tenham se mostrado tão bons para as pequenas empresas, a Fecomercio entende que o cenário atual é de rumo à normalidade para esses empreendedores.
O balanço elaborado pela Fecomercio é composto por três itens e todos mostraram variações negativas no comparativo com janeiro de 2017.
O índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) foi o que apontou o maior retrocesso, pois passou de 149,4 pontos em dezembro para 141,4 em janeiro de 2017. O recuou foi de 5,4%. Mas no comparativo com janeiro de 2016 o indicador obteve variação positiva de 24,6%.
Já o Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) obteve queda de 4,3%, ou seja, a segunda maior entre os itens avaliados. A pontuação foi de 86,8 em dezembro para 83 em janeiro. No comparativo interanual, o indicador também conseguiu uma alta de 11,5%.
O balanço que teve o menor retrocesso foi o das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), pois caiu 1,6% entre os meses de dezembro de 2016 e janeiro de 2017. No comparativo com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 58,7%.
Perspectiva
Para a Fecomercio tanto os empresários quanto os consumidores seguem sem muita confiança por causa do quadro de recessão do País. E a consequência disso é o baixo ritmo nas vendas que se mantêm sem sinais de melhora nas receitas das lojas e nas vagas de empregos do setor, o que limita a expansão do comércio.
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