O Índice de Expansão do Comércio (IEC), apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), apresentou queda em janeiro, após oito meses registrando altas consecutivas. De acordo com a Federação, o resultado já era esperado por suceder as vendas de Natal. Em dezembro de 2016 o indicador passou de 89,9 para 85,1 pontos em janeiro, queda de 5,3% pontos. Em contrapartida, empresários estão mais dispostos e com expectativas maiores para fazer investimentos e a contratar serviços.
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A Fecomercio -SP apontou também que, em comparação com o mesmo mês de 2016, o índice registrava 72,1 pontos, ou seja, crescimento de 18,1%. É importante ressaltar que o indicador se mantém abaixo dos 100 pontos há dois anos, o que evidencia no momento a disposição dos empresários para expandir negócios.
De acordo com a assessoria econômica da Fecomercio-SP, mesmo com a instabilidade, o empresário está mais confiante no início deste ano do que estava em 2016 e visa por melhoras. A entidade frisa que por mais que obstáculos ainda existam, reformas e ajustes já aprovados ou em processo de aprovação podem geram um ambiente favorável para o crescimento de investimentos em médio prazo.
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Outros Índices
Em comparação a janeiro de 2016, o IEC registrou um resultado positivo impulsionado pelos seus dois subíndices. O índice que mede a Expectativa para Contratação de Funcionários apresentou alta de 23,3% e atingiu 104,8 pontos. Em contrapartida, se levado em consideração dezembro do ano passado, houve queda de 7,2%.
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Já no que se refere ao Nível de Investimentos das Empresas, índice responsável por sinalizar a disposição do empresário a investir em equipamentos e novas instalações, houve crescimento de 12% em relação a janeiro de 2016, indo de 58,4 para 65,4 pontos. Se comparado a dezembro, houve retração de 2,1%.
Segundo a Federação, mudanças de humor que vinham sido notadas no comportamento do empresário desde abril do ano passado, foram interrompidas esse mês. A entidade entende que esse pequeno intervalo de recuperação pode prevalecer até março por motivos estruturais do País e que essa pausa não pode ser vista como o fim do processo de recuperação da confiança e da economia em geral.
A Fecomercio-SP estima que a confiança se espalhe pelo setor e impacte a economia nos próximos dois anos. E que o início de um processo de reformas e adequações de imóveis comerciais, comece em breve para que resultados positivos possam se propagar.
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