A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa básica de juros – Selic para 13% ao ano foi elogiada pelo presidente da República, Michel Temer. Segundo Temer a expectativa é que ela continue em queda, uma vez que a inflação tem se mostrado mais controlada.
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O porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, informou que Temer tem “convicção” de que “estão dados os elementos para a retomada do crescimento econômico”. Ainda segundo o porta-voz da Presidência, o presidente da República citou o resultado da inflação oficial de 2016 e que ele influenciou na decisão do Copom na quarta-feira (11). “A divulgação, hoje mais cedo, da taxa de inflação de 2016, em 6,29% anuais, é um dado extremamente positivo que terá sido levado em conta para a redução da Selic ”.
Em anuncio à imprensa, Parola disse que as informações disponíveis atualmente no governo indicam que a inflação continuará em queda, repedindo afirmação feita por Temer mais cedo de que o índice ficará no centro da meta, que é de 4,5% este ano.
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“Todos os dados disponíveis indicam que nos próximos meses a inflação seguirá em queda. Com isso, o rendimento do trabalhador se vê protegido do efeito terrível da inflação e abre-se espaço para que a taxa de juros seja gradualmente reduzida, de modo responsável, consistente e sustentável. Um dos primeiros exemplos dessa tendência é o anúncio feito pelo Banco do Brasil que está reduzindo suas taxas de juros”, afirmou Parola.
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Bancos
Logo após o anuncio do Copom o Banco do Brasil e o Bradesco anunciaram a redução das taxas de juros em suas linhas de crédito. O Banco do Brasil reduziu as taxas em praticamente todas as modalidades. O maior corte foi nos juros do rotativo do cartão de crédito em 4 pontos percentuais seguido do cheque especial, que vai ficar 0,09 ponto percentual mais barata ao consumidor.
Para o segmento jurídico o corte nos juros foi de 0,25 ponto percentual ao mês, que impactará o valor do desconto de cheques, antecipação de crédito ao lojista e desconto em títulos. Os novos valores para as taxas de juros passam a valer na próxima segunda-feira (16). “Esse primeiro passo do sistema financeiro é uma contribuição fundamental para o atual momento do país, visto que o crédito tem um efeito multiplicador importante para retomada da economia”, disse Paulo Caffarelli, presidente do Banco do Brasil.
Outro Banco que aproveitou a redução da Selic para reduzir suas taxas e ser mais atrativo as pessoas físicas e jurídicas foi o Bradesco. Taxas do crédito pessoal; CDC de veículos; cheque especial (Pessoa física) foram reduzidas baseadas no corte de 0,75 ponto percentual da Selic.
Para pessoa jurídica, a linha de crédito para capital de giro para micro e pequenas empresas foi reduzido para 4,19%, assim como o CDC veículos e as taxas da conta garantida.
*Com informações da Agência Brasil
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