Pesquisa realizada pelo Serasa Experian apontou que o varejo brasileiro teve queda de 6,6% no movimento de consumidores nas lojas em 2016, ao se comparar com o igual período de 2015. O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio sinalizou ainda que esse resultado é o pior ao setor em 16 anos, ou seja, desde o início da pesquisa.
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A Serasa afirmou que o pior resultado do indicador de movimento do varejo , até então, havia sido o recuo de 4,9% em 2002, impulsionado pela crise do racionamento de energia elétrica, que ficou conhecido no País como a ‘Crise do Apagão’.
Os economistas da Serasa Experian afirmaram que os juros altos nos crediários, desemprego em alta no País, confiança ainda em patamar deprimido, dificuldades essas enfrentadas pelo consumidor brasileiro ao longo de 2016, foram responsáveis pelo impacto negativo ao movimento no comércio ao longo do ano passado.
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Entre os setores analisados pela entidade, o pior resultado foi apurado no segmento de veículos, motos e autopeças, que registrou queda de 13% no período analisado. A segundo maior queda no fluxo de consumidores no varejo foi o de vestuário, calçados e acessórios, que amargou perda de 12,6% pela Serasa.
Outro segmento que apresentou queda significativa no fluxo de consumidores nos pontos de vendas foi o de lojas de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática, que apresentou queda de 11,1%.
Em contraponto aos indicadores negativos em dois dígitos estão retrações menores que ocorreram nas lojas de material de construção que teve queda de 5,4% e nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas que fechou 2016 com queda de 7,0%.
Ainda segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, somente o segmento de combustíveis e lubrificantes se mantém no terreno positivo, com alta de 1,8% em relação período acumulado de janeiro a dezembro do ano passado.
Futuro
Com o número maior de feriados ao longo deste ano, a expectativa é que o varejo sofra com a queda de fluxo de consumidores nos pontos de vendas e no seu faturamento. Levantamento feito pela Federação do Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio -SP) estima que o segmento perca R$ 10,5 bilhões com os recessos e emendas de feriados ao longo deste ano.
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