Os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro respondem por quase metade de toda a carga tributária brasileira, incluindo impostos, taxas e contribuições pagas em todas as esferas de governo. Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) encomendado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a arrecadação de tributos nos dois Estados corresponde a 49,86% do total.

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Somente o Estado de São Paulo contribui com 36,74% do que é arrecadado no País. Por outro lado, cinco estados da região Norte respondem, juntos, por 1,07% de tudo o que a população paga em impostos . Entre eles, estão Roraima, Amapá, Acre, Tocantins e Rondônia. Os números estão relacionados aos valores arrecadados durante o ano passado.

Repatriação coletou R$ 46,8 bilhões em impostos e contribuiu para marca de R$ 2,004 trilhões do Impostômetro em 2016
Paulo Pinto / Fotos públicas
Repatriação coletou R$ 46,8 bilhões em impostos e contribuiu para marca de R$ 2,004 trilhões do Impostômetro em 2016

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O estudo também revelou que o Distrito Federal é a unidade federativa com a maior arrecadação em proporção à sua população. A média anual por pessoa, em 2016, foi R$ 58.486,78. Em São Paulo, o valor ficou em R$ 16.355,27 e, no Rio de Janeiro, R$ 15.726,65. Segundo a associação, o Distrito Federal arrecada um alto valor por sediar muitas estatais brasileiras e, também por ter a renda média mais alta do País.

Os Estados do Piauí (R$ 2.740,09), Amapá (R$ 2.668,81) e Maranhão (R$ 2.311,75) são os que possuem as menores médias por ano. Do total de tributos arrecadados, 66,64% correspondem à esfera federal, sendo 19,34% referentes à Previdência e 17,16% ao Imposto de Renda. Na arrecadação dos Estados, que corresponde a 27,37% do total arrecadado, o tributo que rendeu a maior arrecadação foi o ICMS (20%).

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Impostrômetro

No último dia do ano passado, o Impostômetro atingiu a marca de R$ 2,004 trilhões. De acordo com a ACSP, o valor só foi atingido por conta do Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária, também chamado de repatriação de recursos. O programa coletou R$ 46,8 bilhões em impostos para cofres públicos. "Sem esse valor, o Impostômetro não alcançaria a virada dos 2 trilhões e 2016 terminaria com queda nominal e real da arrecadação pela primeira vez", informou a associação, que reclamou da elevada carga tributária brasileira, mesmo com a economia em crise.

* Com informações da Agência Brasil.

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