O presidente da República, Michel Temer, assinou decreto na quinta-feira (29) para o reajuste do valor do salário mínimo. A partir de 2017, o valor passa de R$ 880 para R$ 937. O novo valor passa a valer já no dia primeiro de janeiro e foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (30). O reajuste resultará no incremento de R$ 38,6 bilhões na massa salarial em 2017, ou 0,62% do Produto Interno Bruto (PIB), com efeitos positivos na retomada do consumo e do crescimento econômico ao longo do ano.
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Em pronunciamento na tarde de quinta-feira (29), Michel Temer fez um breve balanço de seu governo e afirmou que, em quase sete meses a frente do Brasil, medidas positivas vieram beneficiar o País. Uma das primeiras medidas ressaltadas por Michel Temer foi a autorização para o saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “Quero especialmente ressaltar estes últimos atos. Particularmente a liberação das contas inativadas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, que não só permite o aporte de um dinheiro para aqueles que tiveram as suas contas paralisadas, digamos assim, como também servirá para movimentar a economia brasileira".
O presidente fez questão de ressaltar também que, todas as medidas enviadas ao Congresso, tiveram 88% de apoio. “Nós temos tido nas votações do Congresso Nacional, 88% de fidelidade da base governamental. Algo importantíssimo para levar adiante todas as reformas”, disse.
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Outro ponto destacado pelo presidente Michel Temer foi a aprovação da Lei de Diretriz Orçamentária e a Lei do Orçamento ainda em 2016. “Parece que não é importante, mas é. O fato de termos aprovado a diretriz orçamentária e a lei do orçamento ainda nesse exercício, para vigorar no ano que vem”, disse Temer ao que completou: “Há muito tempo, não tínhamos essa espécie de aprovação. Tudo isso, fruto desse diálogo muito profícuo, muito produtivo, entre o Executivo e o poder Legislativo”.
Perspectivas 2017
Ainda durante o seu discurso no Palácio do Planalto, MichelTemer afirmou que 2017 “não será uma prorrogação de 2016", com recessão e turbulência política. Ele sugeriu a possibilidade de discutir a reforma tributária e disse acreditar que o desemprego deve ser reduzido no ano que se aproxima. "Nós sabemos a angústia que o desemprego traz. É uma coisa que perturba as pessoas do nosso País e cria um sentimento de instabilidade muito grande. Mas, o ano que vem não será uma prorrogação de 2016, um ano em que nós combatemos a recessão. É muito provável que o desemprego venha a cair a partir do segundo semestre em função das medidas que estamos tomando", afirmou Temer.
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