O desemprego atingiu 11,9% no trimestre encerrado em novembro, informou nesta quinta-feira (29) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O índice é considerado o maior desde o início da série do indicador, em 2012. Na comparação com o trimestre anterior, encerrado em agosto, a taxa de desemprego mostrou-se estável, quando no período o índice de desocupados foi de 11,8%.
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Em relação ao trimestre encerrado em novembro de 2015, a taxa de desemprego teve alta de 2,9 pontos percentuais. No total o Brasil tem atualmente 12,1 milhões de desempregados, o que representa que mais de 3 milhões de brasileiros perderam o emprego entre novembro de 2015 e novembro de 2016.
Já o indicador que aponta a taxa de brasileiros ocupados, atualmente em 90,2 milhões no País, ficou estável em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e recuando 2,1% em comparação com igual trimestre do ano passado , quando foi contabilizado 92,2 milhões de pessoas, o que representa uma redução de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas ocupadas, informou o IBGE.
Setores com redução
Os setores que mais tiveram postos de trabalho encerrados foram: agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura com queda de 4,7%, ou seja, 438 mil pessoas a menos; seguido da indústria com redução de 8,2%, ou menos 1 milhão de pessoas empregadas no setor no período analisado pelo IBGE. Aparecem ainda setores como o da construção com a demissão de 702 mil pessoas (- 9%), o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas com redução de 2,6%, o que representa o desligamento de 256 mil pessoas e o de serviços domésticos que teve queda de 3,1%%, ou seja, 94 mil pessoas ficaram sem emprego no período.
Por outro lado, cresceram as ocupações nos grupamentos de alojamento e alimentação, 7,8% com 346 mil pessoas a mais, empregadas e outros serviços, 7,0%, o que representa 287 mil pessoas ocupadas.
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O número de empregados no setor privado teve estabilidade na comparação entre o trimestre encerrado em agosto e no encerrado em novembro, com 34,1 milhões de brasileiros empregados. Já na comparação anual apresentou queda de 3,7%%, o que representa queda de 1,3 milhões de postos de trabalho com carteira assinada no setor.
Rendimento
O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, atualmente em R$ 2.032 ficou estável frente ao trimestre de junho a agosto de 2016, quando o montante era de R$ 2.027 e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, que era de R$ 2.041.
A massa de rendimento real habitual em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas, que é de R$ 178,9 bilhões, não mostrou variação significativa em relação ao trimestre de junho a agosto de 2016 e caiu 2,0% frente ao mesmo trimestre de 2015. Os dados para medir o índice de desemprego são apuradas por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
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