O presidente Michel Temer fez um balanço de seu governo em discurso no Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira (29). Prometendo que o ano que vem "não será uma prorrogação de 2016", ano de recessão econômica e turbulência política, o presidente sugeriu a discussão de uma reforma tributária a partir de 2017 e disse acreditar que a taxa de desemprego
deve começar a cair a partir do segundo semestre do ano.
"Nós sabemos a angústia que o desemprego traz. É uma coisa que perturba as pessoas do nosso País e cria um sentimento de instabilidade muito grande. Mas o ano que vem não será uma prorrogação de 2016, um ano em que nós combatemos a recessão. É muito provável que o desemprego venha a cair a partir do segundo semestre em função das medidas que estamos tomando", afirmou Temer .
Pouco antes de o presidente fazer seu discurso a jornalistas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) havia divulgado balanço apontando que o desemprego atingiu 11,9% no trimestre encerrado em novembro – o maior índice desde o início da série do indicador, em 2012.
O presidente também falou a respeito de seu veto a um dos trechos da lei sobre a renegociação das dívidas dos estados com a União. No capítulo vetado, o texto previa um mecanismo de socorro financeiro aos estados em situação crítica. "Da forma como veio ao Executivo, [o projeto] tornou-se mais ou menos inútil. Isso não significa que vamos abandonar os estados. Vamos negociar com cada estado", afirmou.
Reformas
O peemedebista disse que seu governo "há de ser um governo reformista", lembrando das modificações propostas pelo Planalto na Previdência Social, no Ensino Médio e nas leis trabalhistas, além do Teto de Gastos Públicos.
Para o ano que vem, Temer falou em avançar na reforma política e prometeu que sua equipe iria se empenhar para apresentar uma reforma tributária.
"Nosso governo concluiu reformas que foram imaginadas para o longo prazo. Agora, o Executivo vai empenhar-se na reforma tributária. Quem sabe até na simplificação dos tributos. Vamos nos dedicar a isso", declarou Temer.
Por fim, o presidente exaltou o apoio recebido pelo Congresso ao longo do ano e projetou que em 2017 o País irá "vencer a crise.