O Brasil perdeu 62,8 mil vagas de emprego formal em abril. O resultado é melhor do que o verificado no mesmo mês do ano passado, mas nos quatro primeiros meses do ano o País já fechou 378.481 postos de trabalho, pior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1992.
O resultado para o mês ficou dentro das previsões do analistas do mercado financeiro. As expectativas de 22 instituições variavam de um corte entre 2 mil e 149,4 mil postos com carteira assinada. Com base neste intervalo de estimativas, a mediana era de fechamento de 51.500 vagas, sem ajuste sazonal.
Um dos poucos setores que ainda contratam é a agricultura. Em abril, o setor agrícola abriu 8 mil postos de trabalho, enquanto a construção civil, importante termômetro econômico, perdeu 16 mil vagas de emprego formal.
O setor de comércio ainda é o que mais demite no País em meio à crise econômica e ao fechamento de lojas. O segmento eliminou 30.507 mil vagas no mês passado. A indústria da transformação e a construção civil também demitiram mais de 10 mil trabalhadores com carteira assinada em abril.
No cenário de demissões, o Nordeste é a região que mais perdeu postos de trabalho no mês passado. Em abril, a região fechou quase 26 mil vagas. Só o Centro-Oeste continua contratando. O centro do País abriu 4 mil vagas formais de trabalho no último mês.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de março são fruto de 1.258.970 admissões e 1.321.814 desligamentos e foram divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Ministério do Trabalho, comandado pelo novo ministro Ronaldo Nogueira.