Pesquisa mostrou que 9,5% da população estava desocupada no trimestre fechado em janeiro, pior resultado desde 2012
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 9,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2016, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou é o maior da série, iniciada em 2012.
O País registrou no mês um número recorde de desempregados medido pela mesma pesquisa: 9,623 milhões de pessoas. A estimativa de pessoas desocupadas subiu 42,3% no confronto com igual trimestre (novembro, dezembro e janeiro) do ano passado. O resultado equivale a mais 2,860 milhões de pessoas na fila do desemprego.
Em igual período do ano passado, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 6,8%. Em dezembro de 2015, a taxa no trimestre final do ano estava em 9%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.939 no trimestre até janeiro de 2016. O resultado representa queda de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 172,8 bilhões no trimestre até janeiro, queda de 3,1% ante igual período do ano anterior.
Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional. A nova pesquisa substitui a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), encerrada na quarta-feira (23), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.