Com alta média de 13,6% nos preços dos produtos, a Páscoa de 2016 deve ser a mais cara dos últimos 13 anos, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2003, o crescimento foi de 26% em relação ao ano anterior.
O aumento deve impactar diretamente as vendas, que têm expectativa de queda de 3,4% em relação a 2015. A CNC espera que a data movimente R$ 2,8 bilhões em vendas em 2016. No ano anterior, o volume vendido já tinha recuado 1%. A Páscoa disputa com o Dia dos Namorados a quinta colocação no ranking de movimentação de vendas do varejo nacional.
Entre os itens que tiveram maiores altas de preços este ano estão os pescados (+11,3%), chocolate (+13,3%) e azeites (+28,3%). A CNC ressalta, entretanto, que a nova fórmula que eleva a tributação de produtos de chocolate ainda não contribuirá para o aumento dos preços desses itens nesta próxima Páscoa, uma vez que entrará em vigor apenas em maio.
"A retração nas vendas que projetamos é fruto da inflação, aliada à alta do dólar, que impacta, sobretudo, os importados", explicou o economista da CNC Fabio Bentes, em nota.