A indústria da construção iniciou o ano de 2016 com queda na atividade e no emprego e pessimista em relação aos próximos seis meses do setor. De acordo com a pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador que mede o nível de atividade ficou em 33,6 pontos em janeiro, ante 33,3 registrados em dezembro. Pela metodologia da pesquisa, números abaixo de 50 indicam queda na atividade.
A utilização da capacidade de operação fechou janeiro em 56%, 1 ponto porcentual (pp) acima da marca registrada em dezembro de 2015, mas 4 pp abaixo de janeiro de 2015 e 10 pp menor do que a média histórica do indicador.
O índice de atividade efetivo-usual ficou em 26,5 pontos no primeiro mês do ano. O indicador acumula queda de 9,4 pp nos últimos 12 meses - números acima de 50 refletem atividade acima do usual. Também o número de empregados demonstra queda, ainda que um pouco menor do que a registrada no mês anterior. Em janeiro, o indicador ficou em 33,8 pontos, ante 33 em dezembro do ano passado.
Expectativas
A indústria da construção está um pouco menos pessimista em relação aos próximos seis meses, mas as expectativas continuam negativas. O indicador que projeta o nível de atividade para o período ficou em 39,8 pontos, - ante 37,7 na pesquisa anterior. Para novos empreendimentos, o número ficou em 38,1. Em relação ao número de empregados, o indicador ficou em 38,5 pontos e, no caso da compra de insumos, em 38,1 pontos, todos indicando retração nos próximos seis meses.
A intenção de investir alcançou 25,9 pontos (era 25 pontos), em uma escala de 0 a 100 na qual quanto maior o número, maior a propensão a investir. A pesquisa da CNI foi feita com 590 empresas, no período de 1 a 18 de fevereiro.