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Foram produzidos 60 mil automóveis a menos no primeiro mês deste ano na comparação com o mesmo período de 2015

Agência Brasil

A produção de veículos automotores caiu 29,3% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, de acordo com balanço da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgado nesta quinta-feira (4) na capital paulista. Em janeiro de 2016, foram produzidas 145,1 mil unidades, enquanto no mesmo período de 2015 o total ficou em 205,3 mil. Em relação ao mês de dezembro, quando a produção foi de 142,8 mil unidades, houve elevação de 1,6%.

Na comparação com janeiro do ano passado, setor automotivo tem 10,2% funcionários a menos
Divulgação/Fiat
Na comparação com janeiro do ano passado, setor automotivo tem 10,2% funcionários a menos

O licenciamento registrou retração de 38,8%, com a venda de 155,3 mil unidades em janeiro deste ano. Em igual mês do ano passado, foram comercializadas 253,8 mil. Na comparação com o mês de dezembro, quando foram vendidos 227,8 mil veículos, houve queda de 31,8%. “O desempenho foi bastante negativo, mas nada que nos surpreendesse, porque já havíamos alertado que teríamos quedas relativas mais altas do que a previsão de fechamento do ano”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Moan.

Setor emprega menos

Segundo os dados da Anfavea, em janeiro estavam empregadas 129,3 mil pessoas na indústria automobilística, 0,3% a menos do que em dezembro. Na comparação com janeiro do ano passado, são 10,2% funcionários a menos.

“Encerramos janeiro com 41,9 mil funcionários em lay-off [suspensão do contrato de trabalho], inseridos no Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e em férias coletivas. Já foi noticiado amplamente que, além desses números, várias empresas estão concedendo férias coletivas, licença remunerada, estendendo a não produção na semana do carnaval. Tudo para tentar buscar a máxima proteção ao nível de emprego”, afirmou Moan.

Os estoques passaram de 271 mil unidades, em dezembro, para 254 mil, em janeiro. “[O estoque] ainda está bastante alto e com isso o nível de produção deve continuar sendo ajustado nos próximos meses. Vivemos um impacto na capacidade ociosa de produção, que está muito alta, por isso o nível de emprego está praticamente estável.”

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