O ministro da Economia, Paulo Guedes, concedeu entrevista ao jornal Financial Times, visto como a 'bíblia do mercado financeiro', e criticou as instituições financeiras nacionais que, na visão dele, estariam "militando" contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Para Guedes, as atitudes são reflexo de um cenário futuro desafiador, que fazem com que os juros cresçam, diminuindo o crescimento econômico.
"É claro que (os bancos) estão errados. Ou estão errados ou são politicamente militantes. Eles estão tentando afetar a eleição... Eles ainda não aceitaram a eleição de Bolsonaro", afirmou o ministro.
Guedes considera a inflação o maior problema para 2022, não o crescimento econômico. Analistas do mercado financeiro discordas e veem a Selic impactando negativamente o PIB (Produto Interno Bruto).
O Relatório Focus produzido por mais de 100 economistas já estima crescimento abaixo de 1% no ano que vem (0,7%).
Guedes reiterou que os críticos à sua gestão têm errado consistentemente suas previsões. "Vamos voltar a surpreender o mundo", disse Guedes, pouco depois de regressar de uma missão comercial e de investimentos ao Golfo Pérsico. "Não estou me gabando do Brasil, estou apenas dizendo que vocês sempre nos subestimaram."
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