Bancos públicos também interromperam oferta do crédito
Reprodução: ACidade ON
Bancos públicos também interromperam oferta do crédito

O deputado Pastor Henrique Vieira, do PSOL do Rio de Janeiro, protocolou um pedido à Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados para que o presidente da Febraban, Isaac Sidney Ferreira, explique a suspensão da oferta do  crédito consignado para aposentados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O empréstimo foi suspenso pós o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) passar de 2,14% para 1,70% o limite dos juros nos contratos. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, classificou a medida como  "chantagem".

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Também há na Câmara um pedido da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) para que Lupi explique os planos à frente da Previdência — e inevitavelmente da crise com os bancos.

A imposição dos novos juros levou ao menos 10 instituições financeiras a suspender as operações de linhas de crédito consignado para os beneficiários do INSS, inclusive Caixa e Banco do Brasil. Em nota, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) disse que “os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado”.

A Febraban ressalta ainda que “não houve estratégia coletiva” dos bancos para interromper a oferta do crédito. 

Segundo a federação, alterações como a aprovada pelo conselho “geram distorções relevantes nos preços de produtos financeiros, produzindo efeitos contrários ao que se deseja”. Afirmou ainda que a iniciativa tende a “restringir a oferta de crédito mais barato, impactando na atividade econômica, especialmente no consumo”. 

A Casa Civil entrou em cena nesta segunda-feira (20) e disse que irá trabalhar por um  "meio-termo" com os bancos para que o empréstimo volte a ser oferecido. 

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