O Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reajustou novamente a taxa básica de juros da economia do país em 0,75 ponto percentual. Com isso, os juros estão entre 3,75% e 4%, o maior patamar desde janeiro de 2008.
Essa é o quarto reajuste nessa magnitude e o sexto aumento consecutivo anunciado pelo Fed. Havia expectativa de redução nos juros, mas os planos devem ficar apenas para 2023.
A decisão partiu após o banco central norte-americano perceber a necessidade de manter a recessão para segurar o avanço da inflação no país. Em setembro, por exemplo, o índice inflacionário do país ultrapassou 8,2%.
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A decisão já era esperada pelo mercado financeiro, que tem aceitado a decisão do Fed com maior facilidade. Analistas ainda esperam um novo reajuste para a próxima reunião, marcada para metade de dezembro.
O presidente do Fed, Jerome Powell, foi pressionado nas últimas semanas a segurar os juros, mas viu a possibilidade de descontrole inflacionário do país. Ele chegou a receber apoio do ex-secretário do Tesouro Larry Summers, que reconheceu ser difícil controlar a subida inflacionária.
"A grande maioria dos esforços para deter a inflação falhou nos países industrializados. Se o Federal Reserve não cumprir a expectativa atual de que as taxas se aproximarão de 5%, os mercados e outros verão isso como uma flexibilização", declarou, em publicação no Twitter.