Em fevereiro de 2016, o custo do conjunto de alimentos básicos aumentou em 13 capitais do Brasil e diminuiu em outras 14, conforme resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas ocorreram em capitais do Norte – Macapá (8,93%), Belém (8,64%) e Manaus (7,92%). As maiores retrações aconteceram em Vitória (-8,45%), Palmas (-7,80%) e Campo Grande (-6,00%).

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Agência Brasil
Em fevereiro, o custo da cesta em São Paulo comprometeu 54,77% do salário mínimo líquido

São Paulo foi a capital com maior custo da cesta básica (R$ 443,40), seguida de Brasília
(R$ 438,69), Manaus (R$ 437,86) e Florianópolis (R$ 430,69). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 331,79), Salvador (R$ 337,84), Maceió (R$ 347,38) e Rio Branco (R$ 349,22). 

Nos dois primeiros meses de 2016, as maiores variações acumuladas foram observadas
em Manaus (19,05%), Aracaju (18,43%), Belém (15,60%) e Fortaleza (13,10%). As menores altas ocorreram em Curitiba (0,25%) e Florianópolis (1,56%). As duas únicas quedas foram anotadas em Porto Alegre (-1,78%) e Campo Grande (-0,15%).

Em fevereiro, houve predominância de alta em quase todos os produtos da cesta nas
capitais do Brasil, com destaque para o óleo de soja, feijão, leite, açúcar e farinha de mandioca, pesquisada nas regiões Norte e Nordeste. O tomate e a batata, coletada na região Centro-Sul, mostraram diminuição na maior parte das cidades.

Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em
consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que em fevereiro de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.725,01, ou 4,23 vezes mais do que o mínimo de R$ 880,00. Em janeiro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.795,24, ou 4,31 vezes o piso vigente.

A cesta básica em São Paulo diminuiu -1,10%, entre janeiro e fevereiro, e custou R$ 443,40. Mesmo com a redução, foi a mais cara entre as 27 cidades pesquisadas pelo DIEESE. Nos primeiros dois meses do ano, a cesta acumulou taxa de 6,04%. 

Em fevereiro, a redução do preço do tomate (-12,59%) e da batata (-4,85%) mais do que compensou o aumento dos demais produtos. As altas foram registradas no feijão carioquinha (8,54%), óleo de soja (4,56%), açúcar (3,85%), manteiga (3,61%), banana (2,29%), farinha de trigo (1,19%), arroz agulhinha (1,04%), leite integral (0,92%), café em pó (0,88%), pão francês (0,28%). O preço da carne bovina não variou.

Em fevereiro de 2016, o custo da cesta em São Paulo comprometeu 54,77% do salário mínimo líquido, isto é, após os descontos previdenciários. Em janeiro, o percentual exigido era de 55,37%.

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