Votação só acabou na madrugada desta sexta-feira e garantiu novas regras aos policiais
Reprodução/Portal Câmara
Votação só acabou na madrugada desta sexta-feira e garantiu novas regras aos policiais

A Reforma da Previdência, aprovada na Câmara dos Deputados nessa semana, é uma das principais promessas do presidente Jair Bolsonaro e está entre as maiores expectativas de seus eleitores. No entanto, a a provação de regras especiais na aposentadoria de policiais que servem à União causou repercussão negativa na manhã desta sexta-feira (12), incluindo entre a base aliada do PSL.

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O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta madrugada, por 467 votos a 15, a emenda do Podemos que reduz a idade mínima de aposentadoria para os policiais federais, legislativos, civis do Distrito Federal, rodoviários federais e agentes penitenciários e socioeducativos federais, entre outros, para 53 anos (homens) e 52 anos (mulheres).

A redução da idade, no entanto, só valerá para quem cumprir um pedágio de 100% do tempo de contribuição que falta para aposentar-se: 25 anos para mulher e 30 anos para homem. Dessa forma, se faltarem três anos de contribuição pelas regras atuais, os policiais terão de trabalhar seis anos para reduzir a idade mínima. A medida vale apenas para os profissionais que estão na regra de transição.

A iniciativa, porém, não foi bem vista pelos apoiadores do governo. Nesta manhã, as hashtags #PSLtraidor e #ReformaMeiaBocaNao estavam em primeiro e segundo lugar nos Trending Topics do Twitter. O perfil bolsonarista Caneta Desesquerdizada, que tem mais de 300 mil seguidores, publicou uma série de mensagens sobre as novas regras e citou um tweet da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, que ainda nesta semana tinha criticado o privilégio para os policiais. 










Apoiador da reforma, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM) também criticou a decisão do Congresso. "O pedreiro vai se aposentar com 65 anos; A faxineira com 62; Professores vão se aposentar com 57 e policiais federais não aceitam 55, querem 53. Tudo pago por quem se aposenta aos 65", escreveu o parlamentar. 

O MBL (Movimento Brasil Livre), apoiado por grande parte da direita, classificou os argumentos usados para justificar as novas regras como "bizarros". "Ainda que queiram dar regras diferenciadas, que se discuta lá uns 60 anos enquanto o povo é 65. Mas DOZE anos ANTES que um trabalhador comum tá de sacanagem". 





Alvo de críticas, Joice Hasselmann e respondeu alguns seguidores em sua conta do Twitter e chegou a chamar um deles de "anta". A deputada Carla Zambelli, também do PSL, afirmou que as críticas dos usuários estavam vindo de perfis fakes pagos pela esquerda.  Confira alguns dos tweets:
















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Ainda faltam nove destaques e emendas para serem votados. Líderes de alguns partidos concordaram em formar um bloco para unificar as orientações de voto, com o líder de um partido falando em nome dos demais, para acelerar a sessão. Em alguns casos, o bloco abrirá mão de encaminhar a orientação única.



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