O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), não chegou a um acordo com governadores do Nordeste sobre a inclusão de estados e municípios na proposta de reforma da Previdência . Com dificuldades para votar o relatório em comissão especial ainda nesta semana, a reunião desta quarta-feira (26) era uma última investida de Maia para robustecer a reforma.
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"Os governadores colocaram aquilo que é relevante para eles. Coloquei aquilo que pode ser construído, mas volto a conversar com os líderes [dos partidos] e com os governadores para que a participação dos estados volte para a PEC, na comissão ou em plenário, para que a gente possa garantir uma votação forte da Previdência, somada à certeza de que atendemos à federação como um todo", disse Maia .
O presidente da Câmara acrescentou que, caso os estados e municípios não sejam incluídos na proposta, o País terá problemas a curto prazo, com prejuízo à União, que teria que socorrer os entes da federação.
Enquanto Maia tenta o acordo, líderes do centrão pressionam para que o governo libere os R$ 10 milhões que prometeu a deputados antes da votação da reforma da Previdência . A promessa tinha sido feita pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mas teria sido condicionada à votação do projeto em plenário, passo seguinte ao da comissão especial, onde a proposta está no momento.
Após a reunião com governadores, Maia disse que todo mundo precisa "ceder um pouco". Ele se disse confiante e otimista e fez a previsão de que a reforma será aprovada em plenário ainda neste semestre. Mas não garantiu a votação em comissão ainda nesta semana.
"Pode ser votado na quinta ou terça. Dois ou três dias para um bom acordo, vale muito mais o bom acordo para a gente transmitir à sociedade otimismo em relação às reformas", disse Maia.
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Participaram do encontro com Maia os governadores Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA), Renan Filho (AL), Paulo Câmara (PE), Wellington Dias (PI), Belivaldo Chagas (SE), João Azevêdo (PB) e Flávio Dino (MA).