O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de audiência na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (4) para discutir a reforma da Previdência e a economia brasileira.
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O relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), trabalha para apresentar o relatório até esta quinta-feira na comissão especial da Câmara que analisa a matéria. Moreira está tentando antecipar o parecer a pedido do presidente da Casa, Rodrigo Maia, que tem como objetivo votar a proposta da comissão ainda em junho deste ano.
Além da nova Previdência , Guedes também foi questionado sobre o desemprego e a falta de investimentos no País. Segundo ele, “A palavra de ordem agora é emprego. Geração de emprego e renda. O Brasil parou no tempo. Acho que em quatro anos vamos sair de 109º lugar (em produtividade) para o 50º", afirmou.
Paulo Guedes volta a defender fim de deduções no Imposto de Renda
O ministro da Economia voltou a defender o fim das deduções no Imposto de Rendada Pessoa Física ( IRPF ), como o que ocorre em gastos de saúde e educação. Ele propôs o que chama de “redução de privilégios”, como deduções e isenções para instituições.
"Se vamos reduzir impostos, não precisa manter deduções", disse o ministro.
Guedes afirmou que o assunto será discutido na reforma tributária. Ele reafirmou a necessidade de juntar impostos federais em um tributo nos moldes do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA), mas sem incluir os estados e municípios — diferente da proposta que tramita na Câmara dos Deputados.
"Gostaríamos que estados e municípios tivessem liberdade de decidir. Vamos trazer uma proposta de redução, simplificação de impostos, e vamos olhar para essa dimensão social", completou.
O ministro também disse que a reforma tributária irá acabar com impostos indiretos, como os cobrados sobre o consumo, considerados por ele como regressivos.
Só neste ano o governo deixará de arrecadar R$ 20 bilhões em imposto por causa das deduções. O plano de rever esses gastos deve fazer parte dos esforços da equipe econômica para reduzir as renúncias fiscais, que chegam a mais de R$ 300 bilhões, ou 4% do PIB.