Os programas de sustentabilidade empresarial têm se tornado cada vez mais necessários aos negócios. Eles podem ajudar a reduzir as pegadas de carbono e o desperdício, melhorar a reputação da marca e aumentar a retenção de funcionários —gerando valor a longo prazo. No entanto, um novo relatório do The Conference Board conclui que, embora algum avanço tenha sido feito na integração da sustentabilidade, muitas empresas têm a oportunidade de obter mais benefícios se desenvolverem ainda mais esses programas.
Menos de um terço (31%) dos executivos de sustentabilidade relatam que suas organizações implementaram totalmente programas de sustentabilidade corporativa. Enquanto isso, 48% estão no estágio intermediário de maturidade, e 21% estão na etapa inicial de sua jornada de sustentabilidade.
O relatório também fala sobre o que pode estar afetando o progresso desses programas. De acordo com 60% dos executivos de grandes empresas americanas, organizar e implementar uma estratégia de sustentabilidade é o desafio número um. Outros problemas incluem incorporar a sustentabilidade à cultura corporativa e comunicar sua história a vários públicos.
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De acordo com The Conference Board ESG Center, uma transformação de sustentabilidade bem-sucedida requer um plano de ação bem definido. Não basta estabelecer metas. É preciso, também, delinear a estratégia e os meios para alcançá-la.
O relatório traz ideias aos chefes de sustentabilidade (chief sustainability officers – CSOs) e aos demais executivos “C-level” para navegar pelos desafios organizacionais relacionados às transformações de sustentabilidade de suas empresas. As conclusões vêm de uma pesquisa feita com mais de 100 líderes de sustentabilidade em empresas predominantemente grandes dos EUA. O documento também apresenta debates com executivos de sustentabilidade sobre a evolução de suas funções, os programas de sustentabilidade das empresas e a eficácia de suas equipes e comitês diretivos.
Evolução dos programas de sustentabilidade
De acordo com os dados, quase metade das empresas está no estágio intermediário de integração dos programas de sustentabilidade em suas organizações.
- Estágio inicial: 21% ainda estão em processo de estabelecer uma estratégia de sustentabilidade e governança estruturada.
- Estágio intermediário: 48% já desenvolveram uma estratégia e estão em processo de integração da sustentabilidade em suas companhias.
- Estágio avançado: 31% implementaram bem a estratégia em todas as suas empresas.
O papel dos CSOs e das equipes de sustentabilidade
Nove em cada 10 executivos de sustentabilidade preveem mais responsabilidades para os CSOs nos próximos 3-5 anos. Enquanto isso, 6% esperam que os compromissos dos CSOs permaneçam os mesmos e apenas 2% esperam que eles diminuam.
Segundo o estudo, 68% das empresas têm um CSO ou equivalente há menos de cinco anos. Além disso, 64% dos entrevistados preveem um aumento no número de funcionários em tempo integral trabalhando em sustentabilidade em toda a sua organização nos próximos 3-5 anos. A maioria espera continuar aumentando suas equipes.
Programas, equipes e comitês diretores de sustentabilidade
Empresas estão divididas quanto à eficácia dos programas de sustentabilidade. A aprovação tende a ser maior em companhias com equipes de sustentabilidade maiores, comitês diretivos, e aquelas que tenham CSO há mais tempo. Ao todo, 48% sentem que seus programas de sustentabilidade são eficazes ou muito eficazes e 47% sentem que são pouco significativos.
Ao mesmo tempo, a maior parte das empresas dá notas altas à sua eficácia (73%) e apenas 24% acreditam não serem tão efetivos. As estatísticas tendem a ser maiores quando a empresa tem um comitê gestor de sustentabilidade, possui CSO há mais tempo ou se reporta diretamente ao CEO.
Entre as empresas pesquisadas, os comitês diretivos de sustentabilidade são os que têm a pontuação mais baixa em relação a sua eficácia. No geral, 46% acreditam que seus comitês diretivos de sustentabilidade no nível C são eficazes ou muito eficazes, e 36% pensam o mesmo sobre seus comitês diretivos abaixo do C-level. No entanto, 12% acham seus comitês diretivos de sustentabilidade no nível C pouco efetivos e o número sobe para 27% quando se trata dos comitês diretivos abaixo do C-level.
A classificação tem a ver com o tempo de serviço do CSO, a existência de um contrato que defina os papéis e responsabilidades dos comitês, a maturidade dos programas de sustentabilidade, e o tamanho da empresa, já que empresas maiores têm mais recursos.
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